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Confiança dos empresários cabo-verdianos em mínimos de quatro anos (INE)

por Lusa
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O ritmo de crescimento económico, na perceção de confiança dos empresários cabo-verdianos, voltou a cair no segundo trimestre deste ano, atingindo o valor mais baixo em quatro anos, segundo o INE.

Segundo o Indicador de Clima Económico, com dados do inquérito à conjuntura aos agentes económicos e divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano, num momento de crise generalizada provocada pela pandemia de covid-19, a "conjuntura económica" continua "desfavorável", tal como no primeiro trimestre.

"O ritmo de crescimento económico continua a abrandar no segundo trimestre de 2020, registando o valor mais baixo dos últimos 16 trimestres consecutivos, evidenciando que o clima de negócios é desfavorável", lê-se no documento.

Globalmente, do último trimestre de 2019 para o primeiro de 2020, este indicador já tinha passado de um índice positivo de 15 pontos, para um valor negativo de sete pontos. No segundo trimestre do ano o índice desceu para oito pontos negativos.

"Este diagnóstico conjuntural resulta da síntese das apreciações transmitidas pelos empresários da construção, do comércio em estabelecimentos, do turismo, da indústria transformadora e dos transportes e serviços auxiliares aos transportes", refere ainda o relatório.

No setor do turismo, o indicador de confiança, de abril a junho, "manteve a tendência descendente do último trimestre, registando o valor mais baixo dos 18 trimestres consecutivos".

"Os empresários apontaram fatores relacionados com a pandemia da covid-19 como sendo os principais obstáculos do setor nesse trimestre", lê-se, numa altura em que o arquipélago já está há quatro meses fechado a voos internacionais, sem turistas.

Cabo Verde registava no final do dia 23 de julho um acumulado de 2.190 casos de covid-19, diagnosticados desde 19 de março, com 21 óbitos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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