Conversa Capital com Elisa Ferreira, Comissária Europeia para a Coesão e Reformas
Foto: Antena1
Portugal tem de começar a trabalhar no próximo quadro comunitário de apoio para o período 2021/2027.
A comissária portuguesa diz que gostava que no final do período 2021/2027 Portugal deixasse de ser um país da Coesão “porque é penoso ver que com tantos anos de apoio, ainda estamos entre os países atrasados”. Elisa Ferreira considera mesmo que este objetivo devia ser um desígnio nacional. Relativamente ao PRR, Elisa Ferreira elogia a criação da Comissão de acompanhamento. Confirma que após a aprovação do PRR pelo Conselho, durante o próximo mês, Portugal pode receber 2,1 mil milhões que lhe cabem, quase de imediato.
Quanto à nota menos boa dada pela Comissão aos custos do PRR, Elisa Ferreira fala de uma questão de prudência e não de uma crítica. Refere que há investimentos cujos custos tem de ir sendo progressivamente definidos e, por isso, a Comissão deixa o aviso. Nesta entrevista Elisa Ferreira revelou que os países da UE reprogramaram 23 mil milhões de euros para a ajuda de emergência, como compra de máscaras e computadores. Elisa Ferreira adianta que Portugal teve toda a flexibilidade para fazer também esta alocação de verbas e que decidiu utilizar mil milhões de euros.
Nesta entrevista a comissária europeia revelou ainda que já está aprovado o fundo europeu que vai compensar os países pelo impacto do Brexit. Considera que se trata de mais uma vitória da presidência portuguesa.
Uma entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e David Santiago do Jornal de Negócios.