Conversa Capital com João Carvalho

por Antena 1

O presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes considera que o aumento até dois por cento, que fica acima da inflação e é um dos maiores dos últimos 5 anos, é aceitável na medida em que estão previstos benefícios para os utilizadores como compensação. E a AMT vai para o terreno fiscalizar o cumprimento desse aumento e desses benefícios.

Em 2018 a AMT quer avançar com um estudo, já anunciado, sobre os critérios para o aumento dos transportes que, considera, devem ser mais científicos. Processo que este ano não foi possível concluir devido às cativações.

João Carvalho revelou ainda que a AMT já se pronunciou sobre as alterações ao contrato de concessão da Carris e uma das recomendações que fez foi a criação de passes intermodais com todas as operadoras. É uma recomendação que a Carris terá de cumprir para que as alterações recebam parecer positivo da AMT. Um parecer que é vinculativo.

Relativamente ao Metro de Lisboa, João Carvalho refere que ainda faltam cumprir três das recomendações feitas. Uma dessas recomendações vai obrigar a uma revisão do contrato de serviço púbico, já no próximo ano, que passará por exemplo a definir com clareza e precisão os tempos de operação. As outras dependem de financiamento porque o preço pago pelos utentes não tem correspondência no serviço prestado. No entanto garante que a segurança não esta em causa.

A Soflusa também foi investigada e as conclusões da inspeção, do relatório preliminar, vão ser divulgadas para a semana. E também neste caso o regulador conclui que o preço pago pelos passageiros não corresponde ao serviço prestado atualmente. Por isso um dos aspetos que o inquérito vai analisar é o da responsabilidade na demora, na reparação e na manutenção das embarcações.

Neste entrevista, o presidente da AMT faz ainda um apelo urgente para que a Assembleia da República tome uma decisão sobre a operação da UBER em Portugal até por uma questão de segurança das pessoas. João Carvalho já entregou à AR o parecer da AMT sobre a operação da UBER e considera que, sim ou não, o que é preciso é decidir.

Pode ver esta entrevista de Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios) na íntegra aqui:

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