O ritmo de crescimento da economia chinesa abrandou, no terceiro trimestre, com a crise na construção e as restrições oficiais sobre o uso de energia pelas fábricas a pesarem na recuperação do país, foi agora anunciado.
A produção nas fábricas, as vendas no retalho e o investimento na construção e em outros ativos fixos enfraqueceram.
O crescimento enfrenta pressão devido a uma vasta campanha reguladora, à medida que Pequim tenta tornar a economia chinesa energeticamente mais eficiente e reduzir o galopante aumento da dívida, pública e privada, para evitar problemas financeiros.
O setor manufatureiro foi prejudicado pela escassez de "chips" de processador e outros componentes, devido à pandemia da covid-19.
Na comparação com o trimestre anterior, a produção no período entre julho e setembro praticamente estagnou, expandindo-se apenas 0,2%.
Este valor foi inferior ao registado no período entre abril e junho, de 1,2%, um dos mais fracos dos últimos dez anos.
"O crescimento vai desacelerar ainda mais", disse Louis Kuijs, da consultora Oxford Economics, num relatório.
O analista argumentou que os "números de crescimento fracos" devem levar Pequim, nos próximos meses, a aliviar o controlo sobre o crédito e a impulsionar a atividade económica, incentivando a construção de infraestruturas.
A construção, que sustenta milhões de empregos na China, desacelerou, desde que os reguladores aumentaram o controlo, no ano passado, sobre o endividamento das empresas.