Debate sobre consensos nas obras públicas acaba com acusações de eleitoralismo

por Lusa

Direita e esquerda acusaram-se hoje mutuamente de eleitoralismo num debate, no parlamento, sobre obras públicas, em que CDS e PSD pediram ao Governo que cumpram o consenso do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI).

Depois de uma ação de campanha autárquica para a câmara de Lisboa, a líder do CDS, Assunção Cristas, esteve no parlamento para apresentar o projeto de resolução dos centristas em que se defende o cumprimento do acordo para a construção de obras públicas, incluindo mais 20 estações de metro em Lisboa e o alargamento do Metro no Porto.

Antes de defender e desafiar os partidos para novos consensos, como fez há duas semanas, argumentou Assunção Cristas, o Governo do PS deve "cumprir o que já foi consensualizado" no anterior executivo, estavam PSD e CDS no Governo e o PS, na oposição.

O deputado do PSD António Costa e Silva defendeu o projeto de resolução social-democrata sobre a mesma matéria e acusou o PS de ter "acabado com 794 quilómetros da rede ferroviária".

E afirmou que o Governo PSD/CDS-PP, além de "retirar o país das cinzas", numa alusão à situação financeira do país em 2011, lançou um programa de investimento PETIT, de mais de seis mil milhões de euros.

O deputado do PS acusou PSD e CDS de "trazer a campanha eleitoral" ao parlamento, numa "atitude eleiçoeira" e garantiu que o executivo numa pôs em causa os investimentos do anterior Governo.

No entanto, acusou os dois partidos de terem apresentado um plano de mais de 6 mil milhões de euros, mas a programação financeira tinha um défice de 1,4 mil milhões, o que qualificou de "uma irresponsabilidade".

Pelo PCP, o deputado Bruno Dias acusou a direita de, em vésperas de eleições autárquicas, andar a "vender promessas ao quilómetro" e de pedir o Metro "sem saber onde são as terras".

 

 

Tópicos
pub