Défice das contas do Estado subiu 264 milhões de euros até junho

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

O défice subiu para 3075 milhões de euros, um aumento de 264 milhões de euros face a 2016 revela a execução orçamental dada a conhecer esta terça-feira. Uma subida que o Ministério das Finanças justifica com a antecipação de reembolsos fiscais, cujo efeito é temporário.

De acordo com uma nota enviada pelo Ministério tutelado por Mário Centeno, o aumento do défice reflete um acréscimo de 1536 milhões de euros associado à antecipação dos reembolsos fiscais. De acordo com as Finanças, "atendendo ao caráter temporário destes reembolsos, o seu efeito não terá impacto no défice final".

A evolução do défice resultou do aumento da receita de um por cento e da despesa de 1,6 por cento. O excedente primário ascendeu a 2018 milhões de euros.

O Governo exalta que o acréscimo nos reembolsos foi motivado por "uma maior eficiência", que trouxe uma "devolução mais célere às empresas e famílias, melhorando a sua liquidez". Um aumento de 84 por cento no valor dos reembolsos face a igual período de 2016: no primeiro semestre foram reembolsados em sede de IRS 1114 milhões de euros, enquanto que no IVA os reembolsos aumentaram 403 milhões de euros.
Receita fiscal cresce 6,3 por cento
No primeiro semestre de 2017, a receita fiscal subiu 6,3 por cento, acima dos 3 por cento previstos no Orçamento do Estado. A receita bruta de IVA cresceu 6,5 por cento, enquanto as contribuições para a Segurança Social aumentou 5,8 por cento.

Valores que o Governo diz terem ficado a dever-se à aceleração económica.
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