O défice e a dívida baixaram na zona euro e na União Europeia (UE) em 2016 face a 2015, tendo Portugal registado a terceira maior dívida (130,4 por cento) entre os Estados-membros e um défice de 2 por cento, segundo o Eurostat.
Em 2016, o défice público da zona euro recuou para 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e o da UE para 1,7 por cento, face, respetivamente, aos 2,1 e 2,4 por cento de 2015, lê-se num boletim do Gabinete de Estatística da União Europeia, divulgado esta segunda-feira.
A dívida pública diminuiu, por seu lado, de 90,3 por cento para os 89,2 por cento do PIB na zona euro e de 84,9 por cento para os 83,5 por cento na UE.
Em Portugal, o gabinete oficial de estatísticas registou um défice de 2,0 por cento, abaixo do limite dos 3,0 por cento imposto por Bruxelas, cumprindo-se assim uma condição essencial para a saída do Procedimento por Défices Excessivos, e um peso da dívida pública de 130,4por cento do PIB, a terceira maior da UE.
Nove Estados-membros registaram, no ano passado, excedentes orçamentais: Luxemburgo (1,6por cento), Malta (1,0 por cento), Suécia (0,9 por cento), Alemanha (0,8 por cento), Grécia (0,7 por cento), República Checa (0,6 por cento), Chipre e Holanda (0,4 por cento cada) e a Estónia e a Lituânia (0,3 por cento cada).
Os menores défices públicos registaram-se na Irlanda (0,6 por cento), na Croácia (0,8 por cento) e na Dinamarca (0,9 por cento), enquanto a Espanha (4,5 por cento), a França (3,4 por cento) e o Reino Unido e a Roménia (3,0 por cento cada) apresentaram um défice superior ao limite de 3,0 por cento fixado pela Comissão Europeia.
No que respeita à dívida pública, 16 Estados-membros registaram um rácio superior a 60 por cento do PIB, tendo os maiores pesos sido registados na Grécia (179,0 por cento), em Itália (132,6 por cento), em Portugal (130,4 por cento), em Chipre (107,8 por cento) e na Bélgica (105,9 por cento).
O Luxemburgo foi, em 2016, o país onde a dívida teve menor peso (20,0 por cento), seguindo-se a Bulgária (29,5 por cento), a República Checa (37,2 por cento), a Roménia (37,6 por cento) e a Dinamarca (37,8 por cento). Receitas e despesas públicas
No que respeita às receitas e despesas públicas, as primeiras representaram 47,7 por cento do PIB da zona euro e 46,6 do da UE, em 2016, enquanto as segundas chegaram aos 46,2 por cento e 44,9 por cento dos PIB, respetivamente, o que representa uma diminuição do rácio das despesas públicas nas duas zonas.
Em Portugal, o peso das despesas públicas diminuiu de 48,3 por cento em 2015 para 45,1 por cento do PIB em 2016 e o das receitas recuou de 44,0 por cento para 43,1% do PIB.
