Défices da zona euro e UE batem recordes ao atingirem mais de 11% no 2.º trimestre

por Lusa
Dado Ruvic - Reuters

O défice público atingiu recordes de 11,6% na zona euro e 11,4% na União Europeia no segundo trimestre, sendo também o maior aumento trimestral da série e que atingiu todos os Estados-membros, dada a pandemia.

Segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat, o défice da zona euro agravou-se para o valor recorde de 11,6%, face ao de 2,5% dos primeiros três meses do ano e ao de 0,5% do trimestre homólogo.

O Eurostat lembra que o segundo trimestre foi marcado por medidas de confinamento ligadas à covid-19 em todos os Estados-membros.

Na União Europeia (UE), entre abril e junho, o défice avançou para os 11,4%, também o mais alto desde o início da série cronológica, em 2002, face aos 2,6% do trimestre anterior e aos 0,4% do homólogo.

Segundo o Eurostat, o segundo trimestre de 2020 é não só o de valores de défice recordes, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), mas também o que registou a maior subida trimestral desde o início da série.

Entre abril e junho, destaca ainda o Eurostat, todos os Estados-membros registaram défices orçamentais, com a Polónia a presentar o mais alto (19,8% do PIB) e a Dinamarca o mais baixo (-3,5%).

Face ao trimestre anterior, a Áustria foi o país que apresentou um maior agravamento do défice (16,3 pontos percentuais) e a Roménia o menor (3,2 pontos).

Em Portugal o défice atingiu os 9,2% do PIB, face aos 0,3% do trimestre anterior e aos 0,6% homólogos, uma variação em cadeia de -8,9 pontos.

 

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