Entrevistado pela Antena1 e pelo Jornal de Negócios, o presidente da CIP entende haver possibilidades para um aumento do salário mínimo na ordem dos 100 euros durante a próxima legislatura. Centrais sindicais acham pouco.
Saraiva dá conta de que a CIP tem negociações em curso com o governo indigitado para definir "a melhor fórmula" para ajustar os próximos aumentos do salário mínimo, advertindo que "evoluções abruptas" do SMN põem em risco a estabilidade das empresas mais fragilizadas e expostas à concorrência internacional, que é perversa".
"Sabe a pouco"
Reagindo às declarações da António Saraiva, as centrais sindicais consideram que é preciso ir mais longe na evolução do SMN ao longo da próxima legislatura. Um aumento correspondente a 25 euros por ano "é pouco", ajuíza o líder da UGT, também em declarações à rádio pública. No entanto, Carlos Silva assinala positivamente a abertura da CIP para a negociação deste assunto em sede de Concertação Social, o que pode traduzir-se numa aproximação aos valores propostos pela central sindical.
Do lado da CGTP Intersindical, Arménio Carlos considera que a base de partida avançada pelo presidente da CIP "é insuficiente". A proposta da Intersindical para o SMN é de aumento para 850 euros "a curto prazo", sendo que esta central sindical admite discutir, não este valor, mas o prazo para o implementar.