EFACEC. Governo quer reprivatização, trabalhadores querem nacionalização

por RTP

O processo de venda da EFACEC pode estar quase fechado. Só houve um único investidor a entregar uma proposta final dentro do prazo, o grupo português DST. No entanto, os trabalhadores da EFACEC continuam a pedir a nacionalização da empresa que pertencia a Isabel dos Santos.

O grupo DST tem sede numa localidade perto de Braga. Foi o único investidor que passou à fase final da reprivatização da EFACEC, anunciou a Parpública, que está a liderar o processo de venda da empresa. Os outros interessados nacionais e internacionais foram ficando pelo caminho.

O Grupo DST é especializado em engenharia e construção. Mas soma negócios em outras áreas e tem presença em vários continentes. Promete um forte investimento na capitalização da EFACEC. Garante manter todos os postos de trabalho.

A Efacec continua a viver dificuldades financeiras. Está à espera de um novo empréstimo de 45 milhões de euros. Somam aos 70 milhões de euros que a empresa já recebeu e que, entretanto, já foram gastos.
À RTP, a administração assegurou que tem novas encomendas contratualizadas. Assume que tem tido falta de matérias primas, mas diz ser um efeito da pandemia.

A EFACEC insiste que é uma empresa de referência e viável economicamente. À RTP, antecipou que as receitas do grupo serão superiores a 200 Milhões de euros. Já sobre o processo de reprivatização em curso, a EFACEC não se pronuncia.

Em protesto à porta da empresa, os trabalhadores exigem a demissão da administração e contestam a venda da EFACEC. Os trabalhadores temem pelo futuro da EFACEC. Pedem a nacionalização da empresa. Mas o governo já disse que quer a venda fechada até final do ano.

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