Empresa admite que obras na A41 em Alfena, Valongo, demorem mais 16 semanas

por Lusa

Valongo, Porto, 02 mar (Lusa) - A empresa responsável pela A41, cujo pavimento junto a Alfena, concelho de Valongo, aluiu a meio de fevereiro avançou hoje que serão necessárias 16 semanas para repor as condições normais de circulação, lamentando "profundamente" as "dificuldades" e "incómodo".

Em comunicado a Ascendi que explicou as duas fases dos trabalhos que está a desenvolver, apontando que, "embora muito dependente das condições meteorológicas que se venham a verificar", estima que a primeira fase possa estar concluída dentro de cerca de oito semanas.

Nessa primeira fase está envolvida apenas uma via, sendo que "o restabelecimento das condições normais de circulação só poderá ocorrer após a intervenção na outra faixa, o que se estima possa suceder depois de cerca de mais 8 semanas", lê-se na nota.

O aluimento de piso na A41 remonta a dia 12 de fevereiro, cerca das 17:45, o que provocou o corte de tráfego nessa estrada, entre o nó de Alfena e o nó da A3, no sentido Alfena-Aeroporto.

O facto da situação ainda não ter sido reparada tem vindo a gerar muita contestação por parte de utilizadores, autarquias do Grande Porto e partidos políticos, com o autarca de Valongo, José Manuel Ribeiro, a exigir inclusive à Ascendi "um pedido de desculpas público".

"É inadmissível que só agora a [concessionária] Ascendi venha esclarecer que uma das principais vias de acesso do Grande Porto vai estar condicionada pelo menos mais 16 semanas", refere um comunicado também de hoje da câmara de Valongo que cita José Manuel Ribeiro.

As câmaras de Valongo e da Maia revelaram que está a ser preparada uma ação judicial para exigir à Ascendi uma indemnização pelas consequências do desvio de tráfego para vias municipais, considerando que "não são adequadas para um volume de veículos diário tão elevado e durante tanto tempo".

Já a Ascendi, no documento remetido às redações hoje, lamentou "profundamente as acrescidas dificuldades de mobilidade e os incómodos que esta ocorrência fora da sua esfera de previsão vem causando aos utentes da A41 e às populações da zona envolvente".

A empresa garantiu que "sempre orientará a sua ação no sentido de, observando os relevantes condicionalismos técnicos, tentar minimizar o período pelo qual as dificuldades se prolongarão".

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