Eni aponta Angola como um dos "principais sucessos" na exploração de petróleo

por Lusa

Milão, 26 jul 2019 (Lusa) - A petrolífera italiana Eni apresentou os resultados em Angola como um dos "principais sucessos" da companhia, anunciando que os recursos encontrados no segundo maior produtor da África subsaariana chegam aos 1,8 milhões de barris.

"Uma nova campanha de exploração com sucesso levou a várias descobertas no Bloco 15/06, onde a Eni é o operador, com uma quota de 36,8%, com perspetivas positivas nos poços de Ndungu e Agidigbo, que representam a segunda e terceira descobertas desde o início do ano, no seguimento da descoberta em Agogo, a quinta desde que foram retomadas as atividades de exploração em 2018", lê-se na parte das contas semestrais dedicada aos "principais sucessos de exploração".

De acordo com a petrolífera italiana, "os recursos totais descobertos são de 1,8 mil milhões de barris" em Angola, o equivalente a mais de três anos da produção total de Angola atualmente.

Na parte sobre as perspetivas de produção de hidrocarbonetos para o resto do ano, a Eni mantém a intenção de aumentar a produção em 2 a 2,5%, antecipando um preço do barril na ordem dos 62 dólares.

"O crescimento será alimentado pelo contínuo aumento da produção nos campos que começaram em 2018, particularmente nos projetos na Líbia, e pelo crescimento orgânico no Egito, Gana e Angola", entre outros, diz a Eni.

A nível global, o segundo trimestre deste ano, a produção de petróleo e gás natural foi o equivalente a 1,8 milhões de barris de petróleo, o que representa uma queda de 2% face ao segundo trimestre do ano passado.

Na quinta-feira, a Eni tinha confirmado a existência de 650 milhões barris de petróleo no Bloco 15/06, podendo encontrar ainda mais no norte do setor.

"A Eni perfurou com sucesso [o poço] Agogo 2, a primeira avaliação da descoberta no Bloco 15/06, ao largo da costa de Angola", escreve a petrolífera num comunicado distribuído em Milão, norte de Itália, onde está a sede da petrolífera, e no qual se acrescenta que "o poço confirma a existência de 650 milhões de barris de petróleo e indica uma perspetiva positiva no norte do setor, que será avaliado num novo poço exploratório".

O Bloco 15/06, operado pela Eni, que tem uma participação de 36,8%, e que junta também a Sonangol, com outros 36,8%, deverá começar a ser explorado ainda este ano, mas até lá a Eni diz que vai "continuar as atividades de exploração para aferir o potencial total e o tamanho desta nova descoberta", antevendo a produção de mais de 15 mil barris diários nesta zona.

No comunicado, a petrolífera italiano diz que "a cota-produção em Angola conta com cerca de 150 mil barris de petróleo equivalente por dia" e acrescenta que "no Bloco 15/06, a Eni opera dois projetos de desenvolvimento de petróleo, o Pólo Oeste e o Pólo Este, que têm um produção atual de cerca de 155 mil barris de petróleo por dia", para além de ser também a operadora do Bloco Cabinda Norte.

"Angola desempenha um papel chave no crescimento orgânico da Eni", conclui a petrolífera italiana.

Tópicos
pub