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EUA a postos para terminar com isenções à importação de petróleo iraniano

por RTP
"Melvar", um petroleiro iraniano com bandeira de Malta, ancorado em Singapura em março de 2012 Reuters

Os mercados preparam-se para ouvir Washington anunciar, esta segunda-feira, que vai por fim às isenções de que beneficiam oito países na importação petróleo bruto iraniano.

Aqueles que ousarem enfrentar as decisões norte-americanas e não suspenderem as suas importações até 2 de maio serão assim alvo de sanções.

A expectativa já provocou um salto de três por cento nos preços do barril de petróleo Brent, para o nível mais elevado do ano até agora, 74,20 dólares por barril.

Uma subida que coloca o Brent num nível máximo desde novembro de 2018. Em finais de 2018, o petróleo cotava-se a 49,93 dólares e desde então subiu 25 dólares, cerca de 50 por cento.

Fontes do Ministério do Petróleo iraniano já vieram dizer que o impacto da decisão da Administração Trump será mínimo.

"Continuem ou não as isenções, as exportações de petróleo do Irão nunca serão zero, exceto se as autoridades iranianas decidirem parar as exportações de petróleo... e isso não e relevante agora", afirmou a fonte à Agência Reuters, sob anonimato.

A China, um dos maiores importadores de crude iraniano e um dos oito países a beneficiar das isenções norte-americanas, opõe-se à política de sanções de Washington e, esta segunda-feira, sublinhou que não pensa alterar as suas relações comerciais com o Irão.

O porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, afirmou que a cooperação bilateral entre Pequim e Teerão cumpria a lei internacional.
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