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FMI elogia Guiné-Bissau por reduzir dívida e melhorar despesa social com alocação de capital

por Lusa

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a Guiné-Bissau usou a sua parte da emissão de Direitos Especiais de Saque (DES) de forma positiva, apostando na redução da dívida pública e na despesa social.

"A equipa do FMI acolhe favoravelmente o uso prudente da alocação de DES; as autoridades decidiram usar a maior parte da alocação de cerca de 38,4 milhões de dólares [33,8 milhões de euros] para tratar da sustentabilidade da dívida, pagando a dívida não concessional ao Banco Africano de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) e alocar o remanescente às despesas relacionadas com a covid-19, incluindo a vacinação e a melhoria dos serviços de saúde", diz o FMI.

No relatório que dá conta da aprovação, pela administração do FMI, da primeira análise ao programa monitorizado pelos técnicos do FMI (Staff-Monitored Program, no original em inglês), aprovado em julho deste ano, o FMI aponta que a Guiné-Bissau recebeu as verbas correspondentes a este `aumento de capital` do Fundo no final de agosto, e escolheu amortizar dívida e fortalecer o apoio social.

"As autoridades planeiam usar a alocação de DES para reduzir os custos de financiamento ao amortizarem dívida cara e fechar o défice de financiamento de 2021 associado com a resposta de emergência à pandemia de covid-19", diz o FMI, notando que as suas estimativas apontam para uma poupança de 3,4 mil milhões de francos CFA [5,1 milhões de euros, equivalente a 0,4% do PIB de 2021] em pagamento de juros até 2026", diz o Fundo.

Os técnicos recomendam que a Guiné-Bissau aposte em endividamento concessional, que é "uma alternativa a financiamentos mais onerosos, como contrair dívida não concessional [aos bancos comerciais, com uma taxa de juro maior] ou emitir títulos do Tesouro no mercado regional da União Económica e Monetário da África Ocidental (UEMAO)".

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