FMI prevê contração de 35% da economia venezuelana em 2019

por Lusa

Caracas, 24 jul 2019 (Lusa) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou terça-feira uma nova atualização sobre as perspetivas da economia mundial, revendo em baixa o crescimento previsto para a América Latina e prevendo uma contração de 35% da economia venezuelana.

"A profunda crise humanitária e a implosão económica na Venezuela, continuam a ter um impacto devastador, e prevê-se que a economia se contraia à volta de 35% em 2019", explica o relatório "Perspetivas da Economia Mundial, atualização de Julho de 2019".

O documento, apresentado em Santiago de Chile, explica que "na América Latina, a atividade se desacelerou notavelmente no começo do ano, em várias economias, devido principalmente a fatores idiossincrásicos".

"Prevê-se que a região cresça a um ritmo de 0,6% em 2019 e 2,3% em 2020", explica.

Segundo o FMI, a revisão, em baixa, para 2019, reflete as descidas nas classificações de créditos públicos do Brasil, onde "os ânimos se deterioram notavelmente, dada a incerteza persistente sobre a aprovação de uma reforma das pensões e outras reformas estruturais".

No México, "o investimento continua a ser débil e o consumo privado diminuiu, como resultado da incerteza sobre as políticas (públicas), a deterioração da confiança e o aumento dos custos de empréstimos que poderia continuar a aumentar após a recente queda do rating soberano".

Por outro lado, "a economia da Argentina contraiu-se no primeiro trimestre do ano, embora a um ritmo mais lento que em 2018" e projeta-se crescimento no Chile, após um desempenho económico mais débil do que o esperado.

Segundo o FMI, o Brasil crescerá a um ritmo de 0,8% em 2019, e o México 0.9%, "sete décimas menos que o previsto anteriormente".

 

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