Funcionários de refinarias entram em greve de 72 horas no Brasil

por Lusa
Paulo Whitaker - Reuters

Os funcionários das refinarias de petróleo no Brasil entraram hoje em greve, apesar de a Justiça ter considerado o protesto ilegal e ter estipulado multas diárias aos sindicatos da categoria, noticiou a imprensa brasileira.

De acordo com o portal de notícias G1, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou, através das redes sociais, que a greve de 72 horas dos `petroleiros` (funcionários das refinarias de petróleo, no caso, da Petrobras) começou na madrugada de hoje.

Na terça-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou o movimento ilegal e estipulou uma multa de 500 mil reais (116 mil euros) por dia aos sindicatos do setor, após uma ação interposta pela Petrobras e pela Advocacia-Geral da União (AGU).

As refinarias não se manifestaram ainda sobre a paralisação das atividades nas suas unidades.

Um comunicado da FUP publicado pouco depois da 01:00 (hora local, 05:00 em Lisboa) relatou que os funcionários "não entraram para trabalhar" em refinarias de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e Pernambuco.

Os funcionários decidiram parar as atividades por 72 horas em solidariedade ao movimento dos camionistas e para pedir a destituição de Pedro Parente da presidência da Petrobras, entre outras reivindicações.

A juíza Maria de Assis Calsing, do TST, deu provimento a uma providência cautelar na qual classifica como "aparentemente abusivo" o caráter da greve de 72 horas de funcionários da Petrobras.

Os camionistas estão em greve há mais de uma semana devido à política de preços do petróleo e derivados da Petrobras, o que provocou um caos na distribuição de alimentos e combustíveis, além de gerar instabilidade no mercado financeiro brasileiro.

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