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Gás põe Moçambique no topo dos destinos de investimento dos EUA em África

por Lusa

Moçambique vai estar no topo dos destinos de investimento norte-americano em África graças aos novos projetos de gás natural, disse hoje à Lusa o embaixador dos EUA no país, Dean Pittman.

"Nós estamos muito satisfeitos de estar aqui como investidores" através de empresas privadas e a aposta no gás natural em Moçambique deverá estar entre "os maiores investimentos dos EUA em África", referiu o diplomata.

A norte-americana Anadarko lidera um dos consórcios que identificou grandes quantidades de gás natural na bacia do Rovuma, norte de Moçambique, enquanto a Exxon comprou 25% da Eni East Africa, que lidera um segundo consórcio na mesma bacia.

A decisões finais de investimento para o início de exploração em Moçambique ainda não estão tomadas, mas fonte diplomática norte-americana disse hoje à Lusa que, quando avançarem, podem vir a totalizar 49 mil milhões de euros.

Os Estados Unidos da América recomendam que haja "transparência" e uso de "boas práticas" nos negócios do setor, acrescentou.

As receitas do gás podem impulsionar "as áreas da saúde e educação" no país, pelo que é importante "assegurar que é um processo transparente e usa boas práticas que outros países já usam", referiu.

O diplomata falava aos jornalistas à margem de um encontro sobre troca de experiências na área do gás em África, uma iniciativa que decorre hoje e na quarta-feira em Maputo, promovida pelo Departamento de Energia dos EUA, outra entidades norte-americanas e o Instituto de Petróleo de Moçambique.

O encontro, em que participam representantes de diversos países africanos, é visto como um exemplo das ações que visam implementar essa transparência, para que toda a população beneficie das receitas provenientes da exploração de recursos naturais.

Os promotores lançaram um manual com o intuito de "facilitar a discussão" entre governos africanos, do setor privado e da sociedade civil, sobre o desenvolvimento do setor do gás natural e gás natural liquefeito.

"Nós vamos investir, temos várias companhias americanas que pretendem investir muito dinheiro, mas o mais importante é o país aproveitar este recurso para beneficiar todo o povo", resumiu Dean Pittman.

O diplomata acredita que "o investimento no setor já está a criar confiança na economia por causa do interesse das grandes companhias multinacionais" e "isso vai dar um sinal a outras pequenas e médias empresas para começarem a investir também".

"Esta confiança é muito importante" e "o povo de Moçambique vai começar a sentir o impacto deste investimento", concluiu.

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