Governo assinala "desinvestimento no grupo CP" na legislatura passada

por Lusa

O secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d`Oliveira Martins, assinalou hoje o "desinvestimento no grupo CP" no passado, com a redução em cerca de um terço de trabalhadores entre 2010 e 2015.

O governante previu que os efeitos da contratação de 102 trabalhadores para a EMEF -- Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário surjam em outubro e afirmou que as decisões no setor ferroviário refletem os "anos anteriores de desinvestimento, nomeadamente de 2015 para trás".

"Basta ver em termos de recursos humanos, entre 2010 e 2015 os recursos humanos foram reduzidos em cerca de um terço. De 1.487 trabalhadores em 2010, em 2015 tínhamos 949 ao serviço", assinalou aos jornalistas, depois de uma visita a uma oficina da EMEF, em Lisboa.

Garantindo que o transporte ferroviário é uma "prioridade" para o executivo, o governante enumerou as intervenções nas infraestruturas, que decorrem ao abrigo do programa Ferrovia 2020, assim como o aluguer do material circulante, cujos primeiros comboios a `diesel` deverão chegar "no início do próximo ano".

Está ainda a ser preparado o caderno de encargos para o lançamento do concurso para compra de novos comboios, que "será lançado nos próximos meses", acrescentou o secretário de Estado, recordando que as últimas aquisições datam de 2002 para os suburbanos do Porto.

O aluguer à operadora espanhola Renfe será acomodado pelo orçamento do grupo CP, que tem previstos 42 milhões de euros para investimento e manutenção de comboios este ano.

Os contratos de aluguer deverão durar entre dois a três anos.

Sobre a reposição de horários, Guilherme W. d`Oliveira Martins referiu que na linha de Cascais acontecerá em setembro, enquanto na linha de Sintra o calendário aponta para outubro e no Oeste para novembro.

As alterações são justificadas com necessidades e manutenções de material circulante.

 

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