Governo garante estar a acompanhar greve dos investigadores do IPMA

por Lusa

Lisboa, 20 abr (Lusa) -- O Governo garantiu hoje à Lusa, que está a acompanhar a greve dos investigadores do IPMA, que impediu o início do cruzeiro científico, agendado para a passada quinta-feira, para avaliar o `stock` da sardinha.

"O assunto está a ser acompanhado pela área do Mar e do Emprego e da Administração Pública", disse o Ministério do Mar, em resposta à Lusa.

Apesar de não adiantar mais pormenores, o Ministério liderado por Ana Paula Vitorino, referiu, numa nota, que já houve uma reunião com os sindicatos e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "com vista a encontrar uma solução".

Na quinta-feira, após reunir com o Governo, a federação sindical da administração pública garantiu à Lusa que os investigadores do IPMA e o Governo não chegaram a acordo, mantendo-se em aberto o início do cruzeiro científico para avaliação do `stock` da sardinha.

"Estávamos na expectativa que o secretário de Estado [José Apolinário] iria trazer alguma solução ou uma proposta, no sentido de resolver o problema, e não trouxe absolutamente nada", disse à Lusa, na altura, um dos membros da direção da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), Orlando Gonçalves.

De acordo com o sindicalista, durante a reunião, o Governo avançou que se o cruzeiro científico não se realizar, Portugal e Espanha podem perder mais de sete mil toneladas de quota de sardinha.

"Estamos solidários com os pescadores, temos noção da importância da saída deste navio. Agora, se Portugal e Espanha perderem quota da sardinha a responsabilidade é única e exclusivamente do Governo, que teve todo o tempo do mundo", vincou.

Em causa está a reatribuição de um subsídio de embarque, de cerca de 50 euros, retirado aos trabalhadores em 2012.

Segundo Orlando Gonçalves, face à recusa dos investigadores em suspender a greve e avançar com o cruzeiro, o Governo deixou em aberto a possibilidade de se verificarem "alguns desbloqueios", após o secretário de Estado das Pescas e a secretária de Estado do Emprego e da Administração Pública, Maria de Fátima Fonseca, conversarem.

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