Governo quer país "competitivo externamente" e "coeso internamente"

por Lusa

O ministro-Adjunto, Pedro Siza Vieira, disse hoje, em Lisboa, que o Governo tem como objetivos, dentro da política de coesão, tornar Portugal "competitivo externamente" e "coeso internamente".

"Nas propostas que o Governo tem enunciado, há dois objetivos definidos: o primeiro tem a ver com um país competitivo externamente e coeso internamente e, [o segundo], com um país que valoriza os seus recursos endógenos", disse Pedro Siza Vieira, durante uma audição parlamentar na Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da "Estratégia Portugal 2030".

Segundo o Governante, o tema da coesão territorial está na "ordem do dia" e identificam-se dois problemas: o demográfico e o da situação do território.

"O país está a perder população [...]. A demografia só não tem sido mais penalizada nos últimos tempos por causa de um grande aumento da esperança de vida. Se a população estabilizou nos territórios interiores desde o início do século, isso fez-se à custa de um envelhecimento muito grande", referiu.

Por sua vez, no que se refere à situação do território, Siza Vieira sublinhou que o modelo de gestão da paisagem rural "foi perdendo capital humano", ficando "desvalorizado".

O ministro-Adjunto disse ainda que nas áreas onde se verifica um maior abandono populacional, constata-se um aumento de matérias combustíveis que levam à propagação de incêndios.

Para Pedro Siza Vieira, Portugal deve preparar-se para o problema demográfico, atacando-o pela "estabilização e atração da população", através da "atração de investimento" que, por sua vez, vai criar emprego.

Fazem ainda parte dos objetivos estabelecidos a "valorização do território rural, da atividade agrícola, da paisagem florestal e do capital natural", bem como a criação de "serviços públicos para as populações que vivem no interior".

A Comissão Europeia propôs, em 02 de maio, um orçamento plurianual para a União Europeia para o período 2021-2027 de 1,279 biliões de euros (equivalente a 1,11% do rendimento nacional bruto da UE a 27 - já sem o Reino Unido), que prevê cortes que podem atingir os 7% na Política de Coesão e os 5% na Política Agrícola Comum.

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