Os tripulantes de cabine da Ryanair cumprem esta sexta-feira uma greve que abrange Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda, Itália e Alemanha. Os sindicatos acusam a transportadora aérea de violar leis laborais dos países onde opera, privilegiando a legislação irlandesa, tida como mais penalizadora para os trabalhadores. Os sindicatos acusam a transportadora aérea de violar leis laborais dos países onde opera, privilegiando a legislação irlandesa, tida como mais penalizadora para os trabalhadores.
Os pilotos da Holanda e da Alemanha juntam-se ao protesto dos tripulantes de cabine.
Os conflitos entre a cúpula da Ryanair e o corpo laboral da empresa, em diferentes países europeus, perduram há vários meses. Os profissionais em protestos exigem que a transportadora cumpra a legislação do trabalho dos países onde estão sediados.
“Aquilo que pretendemos é que, à luz da lei portuguesa e dos direitos que lei portuguesa consigna aos portugueses, sejam feitos contratos de trabalho locais”, sintetizou, em declarações à RTP, a presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.
“E porquê? Porque as próprias normas da aviação dizem que o local de trabalho é a base e a base de afetação não é onde está registado o avião, onde está registado é o país da empresa para a qual trabalham. É o local onde iniciam e terminam, com base regular, o seu trabalho”, acentuou Luciana Passo.
Na quarta-feira, a Ryanair prometeu negociar com os tripulantes de cabine, antes do término de 2018, os acordos coletivos de trabalho, designadamente vencimentos, contratações diretas e tempos de descanso. Comprometeu-se também a sentar-se à mesa com os pilotes para discutir, além de salários, os turnos, as licenças anuais, mudanças de base e progressões.
Voos suprimidos em Lisboa e Porto
Ao início da manhã, dados disponibilizados pelos portais dos aeroportos de Lisboa e Porto referiam o cancelamento de pelo menos seis voos.
Ao início da manhã, dados disponibilizados pelos portais dos aeroportos de Lisboa e Porto referiam o cancelamento de pelo menos seis voos.
Pelas 7h30, tinham sido suprimidos os voos com partida do Aeroporto Francisco Sá Carneiro para Madrid (6h30), Valência (7h20), Faro (8h05) e Colónia (10h00), tal como as ligações do Aeroporto Humberto Delgado para Stansted, Londres (6h00), e Hamburgo (6h50).
A Ryanair estima que o número de passageiros atingidos por esta paralisação ascenda a 30 mil – todos terão já recebido mensagens de correio eletrónico ou de telemóvel a alertar para o cancelamento.
c/ Lusa
Tópicos
Ryanair
,
Greve
,
Tripulantes
,
Cabine
,
Pilotos
,
Aeroporto
,
Porto
,
Lisboa
,
Passageiros
,
Voos
,
Cancelados