Guerra comercial. China e Estados Unidos voltam às negociações

por RTP
A implementação de novas tarifas está agenda para dia 23 de agosto Damir Sagolj - Reuters

O Ministério do Comércio da China anunciou esta quinta-feira que uma delegação do país vai aos Estados Unidos, no final do mês, para conversações. A visita segue-se a um convite de Washington.

Depois de a China ter acusado os Estados Unidos de iniciarem “a maior guerra comercial da história da economia”, o Governo de Trump impôs tarifas de 25 por cento em mais de 800 produtos chineses. As tarifas sobre produtos dos EUA foram postas em vigor logo depois. Louis Kujis, diretor na Oxford Economics, diz que não é convincente “a China estar disposta a conceder concessões suficientes para o Governo dos EUA recuar”.


Wang Shouwen, vice-ministro do Comércio, será o número um da delegação chinesa. Terá como interlocutor David Malpass, subsecretário do Departamento do Tesouro dos EUA com o portefólio dos assuntos internacionais.

A CNN sublinha a incerteza em torno dos progressos que os negociadores podem alcançar, “uma vez que os dois governos têm maneiras diferentes de lidar com as principais preocupações dos EUA”.

O desequilíbrio comercial entre os dois países, os esforços chineses para capitalizar tecnologia de conceção americana e as políticas industriais de Pequim são as preocupações dominantes.

No comunicado de quinta-feira, o Governo chinês não disse quais os tópicos que vão ser tratados no encontro.
A última ronda de negociações aconteceu no início de junho, quando o secretário norte-americano do Comércio, Wilbur Ross, viajou até Pequim.

Essas negociações acabaram por ser “ofuscadas” com o anúncio do Governo de Trump sobre a imposição de tarifas de 25 por cento em produtos. Pequim prometeu retaliar e os dois governos implementaram a primeira bateria de tarifas.

A nova ronda está agendada para 23 de agosto.
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