Guiné-Bissau termina ano com desaceleração da atividade económica

por Lusa

O Conselho Nacional de Crédito da Guiné-Bissau referiu hoje que o país registou uma desaceleração económica devido à diminuição das exportações da castanha de caju e pediu aos bancos nacionais para aumentarem o crédito à economia.

"O ano económico de 2018 será caraterizado por uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto na ordem de 3,8% contra 5,9% do ano passado", refere, em comunicado divulgado à imprensa, o conselho, presidido pelo primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, que esteve hoje reunido, em Bissau.

Segundo o conselho, a economia guineense desacelerou devido à diminuição do "volume das exportações da castanha de caju e do respetivo preço à exportação, em comparação com o ano de 2017, no qual os preços atingiram um nível de exceção".

Sobre o setor financeiro, o conselho registou uma diminuição no crédito à economia, explicado com o "reembolso efetivo dos créditos concedidos no quadro da campanha de comercialização da castanha de caju".

"O Conselho convidou os bancos a prosseguirem as ações com vista a apoiar os setores-chave da economia através de produtos e serviços financeiros" adequados às necessidades da economia guineense.

No comunicado, o conselho manifestou a sua preocupação com o fraco nível de crédito à economia e recomenda também a "prossecução das reformas institucionais e estruturais e a promoção do financiamento da economia em condições apropriadas" e a consolidação da estabilidade sociopolítica, da melhoria das infraestruturas rodoviárias e uma intensificação dos esforços para melhorar o ambiente de negócios.

O conselho prevê uma taxa de inflação abaixo dos 3%.

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