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Idanha-a-Nova interpõe providência cautelar contra o Politécnico de Castelo Branco

por Lusa

Idanha-a-Nova, Castelo Branco, 09 jul 2020 (Lusa) - A Câmara de Idanha-a-Nova vai interpor uma providência cautelar contra o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) para travar o processo de reestruturação organizacional da instituição aprovado pelo Conselho Geral, afirmou hoje o presidente do município.

"Vamos avançar com uma providência cautelar e com uma ação contra o Instituto Politécnico de Castelo Branco por causa do processo de reestruturação organizacional", afirmou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.

O autarca, que falava em Termas de Monfortinho, no final de uma visita ao balneário termal daquela localidade, explicou que o Conselho Geral do IPCB aprovou o processo de reestruturação organizacional da instituição sem sequer ouvir a Câmara de Idanha-a-Nova.

O Conselho Geral do IPCB decidiu na quarta-feira que a instituição deve proceder à reestruturação organizacional que prevê que as atuais seis escolas deem origem a quatro novos estabelecimentos de ensino.

"A proposta colocada a votação mereceu o voto favorável de 18 dos 25 conselheiros que compõem o órgão, garantindo a obrigatoriedade de obtenção da concordância de dois terços dos conselheiros", explicou, em comunicado enviado à agência Lusa, o IPCB.

Esta proposta de reestruturação apresentada pelo presidente do IPCB, António Fernandes, e discutida no Conselho Geral, correspondente ao Cenário A, visa a constituição de nove departamentos transversais a toda a instituição e a associação dos mesmos em quatro novas unidades orgânicas.

O autarca de Idanha-a-Nova, onde se situa uma das escolas do IPCB, a Escola Superior de Gestão (ESGIN), entende que o processo não tem qualquer justificação económica e financeira.

"A escolha das quatro escolas é o cenário que prevê que a Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) perca a sua sede para Castelo Branco e a deslocação de alguns cursos da ESGIN para Castelo Branco. Com isto, é passada a certidão de óbito à escola de Idanha-a-Nova, que perde também a sua autonomia administrativa, científica e pedagógica", sustentou.

E, mantendo-se este cenário inicial, Armindo Jacinto promete avançar com uma providência cautelar e uma ação contra o IPCB para travar o processo de reestruturação.

O autarca recorda que nos 28 anos de existência da ESGIN, o município de Idanha-a-Nova já ali investiu cerca de nove milhões de euros, além de ter, recentemente, alargado a oferta de quartos para estudantes.

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