INE. Taxa de inflação homóloga aumenta para 2,6% em novembro

por Lusa

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 2,6% em novembro face aos 1,8% registados em outubro, segundo a estimativa rápida para a inflação divulgada hoje pelo INE.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 2,6% em novembro de 2021 (1,8% em outubro)", pode ler-se no destaque do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 1,8%, tendo aumentado face aos 1,1% verificados no mês anterior.

"Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 14,2% (13,4% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 0,8% (-0,7% em outubro)", indica o instituto.

Face ao mês anterior, a variação do IPC ter-se-á fixado em 0,5% (valor idêntico em outubro de 2021 e -0,3% em novembro de 2020).

Segundo o INE, é estimada uma variação média nos últimos doze meses de 1,0%, face aos 0,8% no mês anterior.

Inflação confirma aumentos salariais de 0,9% na função pública em 2022

A atualização salarial da função pública para 2022 deverá manter-se em 0,9%, como proposto pelo Governo, tendo em conta a variação média da inflação anual em outubro.

Segundo a estimativa rápida do INE, a variação média anual em outubro da inflação foi de 1,02% e, retirando a habitação, foi de 0,99%.

Na última ronda negocial com os sindicatos, em 17 de novembro, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, afirmou que para a atualização salarial dos funcionários públicos seria tida em conta a inflação anual verificada em 30 de novembro, descontada a deflação de 0,1% que se verificou em 2020.

Contas feitas, a atualização salarial será então de 0,9% como proposto inicialmente pelo Governo, que garantiu que nunca seria inferior a esse valor.

"A principal e talvez a única preocupação sempre foi fazer com que os trabalhadores da Administração Pública não percam poder de compra", afirmou na altura Alexandra Leitão.

Segundo explicou a ministra, "se à data da aprovação do diploma [relativo à atualização salarial], que será posterior a 30 de novembro, a inflação média anual dos últimos 12 meses, calculada a 30 de novembro, for superior àquela que conduz à atualização dos 0,9% o Governo acompanhará esse aumento".

Alexandra Leitão referiu que a proposta de 0,9% foi calculada "subtraindo da inflação expectável nos 12 meses os 0,1% de deflação que se verificaram em 2020 e, portanto, essa lógica manter-se-á".

De acordo com a governante, "dentro das estimativas previstas, isto é acomodável" em termos orçamentais.

A proposta de atualização salarial de 0,9% custará 225 milhões de euros, segundo o Governo.

A inflação anual publicada pelo INE será a verificada à data de 30 de novembro "para que no mês de dezembro haja tempo para operacionalizar [a eventual correção] para depois as pessoas poderem desde logo no início do ano receberem esta atualização", disse ainda a ministra.

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