Inflação homóloga em Moçambique continua a bater máximos e chega a 10,81%

por Lusa

A inflação homóloga em Moçambique foi de 10,81% em junho, o valor mais alto dos últimos quatro anos e nove meses, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A inflação homóloga em maio tinha sido de 9,31% e subiu 150 pontos base em junho, segundo o novo boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

É preciso recuar até agosto de 2017 para encontrar um valor mais alto: na ocasião, a inflação foi de 14,13%, no rescaldo do choque provocado pelas dívidas ocultas.

A subida que se verifica desde o início do ano está em linha com todas as previsões e com o clima inflacionista global causado pela guerra na Ucrânia e pelo aumento do preço dos combustíveis.

As divisões de alimentação, bebidas não alcoólicas e transportes foram as que mais contribuíram para o aumento de preços em Moçambique.

Os valores do IPC são calculados pelo INE a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.

Em termos acumulados, desde início do ano, a inflação de 2022 em Moçambique está agora em 6,44%.

Habitualmente assiste-se a um recuo dos preços e até a alguma deflação entre maio e julho, devido ao período de colheitas e abundância nos mercados, mas este ano o alívio mensal foi mínimo: a inflação mensal de maio foi de 1% e em junho foi de 0,83%.

Tópicos
pub