Inflação no Reino Unido nos 9% em abril atinge máximo desde 1982

por Lusa
Reuters

A taxa de inflação no Reino Unido atingiu os 9% em abril, contra 7% no mês anterior, e é a taxa mais alta desde 1982, segundo dados divulgados hoje pelo Office for National Statistics (ONS).

A inflação foi impulsionada pelo aumento dos preços dos bens e serviços de uso diário em abril, alimentado pela guerra na Ucrânia, e principalmente por um aumento sem precedentes de 54% no limite máximo dos preços dos produtos energéticos, que entrou em vigor no início do mês.

O economista chefe do ONS, Grant Fitzner, disse hoje que "a inflação subiu acentuadamente em abril, impulsionada por aumentos acentuados dos preços da eletricidade e do gás à medida que o preço máximo mais elevado começou a ser aplicado.

Este novo limite máximo, que estabelece o preço máximo por unidade que os fornecedores podem cobrar aos consumidores, entrou em vigor em abril, causando aumentos médios anuais dos preços domésticos de gás e eletricidade de cerca de 2.000 euros.

O perito também observou que "os elevados aumentos anuais do custo dos metais, produtos químicos e petróleo bruto também continuaram, juntamente com os preços mais elevados dos produtos que saem das fábricas".

"Isto tem sido impulsionado por aumentos nos produtos alimentares, equipamento de transporte e metais, e maquinaria", acrescentou.

Depois da divulgação do novo número da inflação, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, disse aos meios de comunicação locais que, embora o Governo não possa "proteger totalmente os cidadãos" dos problemas globais que contribuíram para a taxa de 9%, estão "a prestar um apoio significativo" e estão "prontos para tomar novas medidas".

Para conter a inflação crescente, o Banco de Inglaterra aumentou recentemente as taxas de juro no Reino Unido de 0,75% para 1%, o nível mais elevado em 13 anos.

Esta foi a quarta subida consecutiva do Banco de Inglaterra numa tentativa de contrariar o aumento do custo de vida no Reino Unido.

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