Influenciadores têm que identificar posts patrocinados. Com risco de prisão

por Alexandre Brito - RTP
Um dos muitos <i>posts</i> de Rita Ora no Instagram Instagram Rita Ora

É uma decisão inédita. A Autoridade para a Concorrência e Mercados, nos Estados Unidos, exigiu a vários influenciadores das redes sociais que identificassem os posts que são patrocinados ou apoiados por marcas.

É comum ver nas redes sociais, em particular nos agora conhecidos influenciadores (com muitos seguidores), posts com imagens relacionadas com um produto ou marca.

O que à partida pode parecer uma ligação casual, em grande parte trata-se de um acordo publicitário, em que a empresa do produto paga ao influenciador para colocar, por exemplo, uma imagem da marca ligada à própria imagem do influenciador.

Acontece que muitas vezes esse acordo não é explícito, ou seja, não é identificado como publicidade.

Por essa razão, a Autoridade para a Concorrência e Mercados (CMA), nos EUA, alertou que esses posts poderiam não estar a cumprir a lei, uma vez que podem ser enganadores para os consumidores.

Nesse sentido, a CMA anunciou que após este aviso pelo menos 16 influenciadores norte-americanos - incluindo as cantoras Ellie Goulding e Rita Ora, as modelos Rosie Huntington-Whiteley e Alexa Chung e vlogger Zoella - aceitaram mudar a forma como fazem posts online. Ou seja, concordaram em identificar de forma clara se foram pagas ou receberam qualquer presente relacionado com o produto que estão a mostrar.

A Autoridade para a Concorrência e Mercados não chegou deliberar sobre se os influenciadores já tinham ou não violado a lei, preferindo destacar o facto de estes terem decidido por iniciativa própria alterar a forma como estavam a publicar nas redes sociais.

No entanto, alerta a CMA, se os influenciadores continuarem a não cumprir a lei, podem acabar em tribunal e enfrentar multas pesadas e até mesmo penas de prisão até dois anos.
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