Jogo VIP em Macau cai 64% em 2022

por Lusa

As receitas provenientes das grandes apostas em Macau foram de 10,1 mil milhões de patacas (1,1 mil milhões de euros) em 2022, menos 64% em relação a 2021, e 92,5% em relação a 2019 (ano pré-pandemia), foi hoje divulgado.

No último trimestre do ano, as operadoras arrecadaram 2,1 mil milhões de patacas (240 milhões de euros) no último trimestre do ano, no chamado jogo VIP, contra 1,1 mil milhões de patacas (126 milhões de euros) nos três meses anteriores, de acordo com dados divulgados pela Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ).

As operações dos casinos têm sido muito afetadas pela pandemia com fortes reduções de receitas. Os números dos grandes apostadores em 2022 são menos de 7,5% das receitas do mesmo setor em Macau em 2019, que atingiram 135,2 mil milhões de patacas (15,1 mil milhões de euros), o momento em que o jogo VIP perdeu o estatuto de segmento mais preponderante nas receitas globais.

Este ano terminou com os casinos de Macau a registarem uma quebra de 51,4% na receita bruta acumulada, de 42,1 mil milhões de patacas (4,8 mil milhões de euros) contra 86,8 mil milhões de patacas (dez mil milhões de euros) em 2021.

Desde 2020, as seis operadores do jogo em Macau, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, acumularam prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.

As operadoras de jogo renovaram, a 16 de dezembro, o contrato de concessão para os próximos dez anos, entrando em vigor a 01 de janeiro em Macau, único local na China onde o jogo em casino é legal.

As autoridades exigiram no concurso público a aposta em elementos não jogo e visitantes estrangeiros, na expectativa de diversificar a economia do território.

O jogo representa 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau, indústria onde trabalham mais de 80 mil pessoas, ou seja, 17,2% da população empregada.

Macau, que à semelhança da China seguia a política `zero covid`, anunciou este mês o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições.

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