José Manuel Ribeiro critica silêncio da Distrital do PS/Porto à "afronta" da TAP

por Lusa

Porto, 28 mai 2020 (Lusa) - O candidato à Federação Distrital do PS/Porto José Manuel Ribeiro criticou hoje a falta de capacidade daquela estrutura política de agregar as restantes federações da região para uma tomada de posição conjunta sobre o anúncio da TAP.

Em comunicado enviado à Lusa, o candidato entende que "na hora em que a região Norte tem sido afrontada de forma inadmissível e inqualificável pela administração da TAP, que desvaloriza a importância estratégica do Aeroporto do Porto, e afeta dessa forma os interesses socioeconómicos da principal região exportadora do país, ninguém compreende por que razão a Federação Distrital do PS Porto não foi capaz de agregar as restantes federações da região (Braga, Viana do Castelo, Bragança, Vila Real e Aveiro) para uma tomada de posição conjunta".

O também presidente da Câmara de Valongo reiterou que "ninguém compreende o silêncio ensurdecedor e a falta de iniciativa política da maior federação do país do PS, tanto mais que todas as forças políticas nacionais tomaram posição sobre o assunto, designadamente as federações do PSD".

Enfatizando que a federação socialista "não pode continuar a abdicar do seu papel fundamental de articulação do trabalho autárquico de todos os seus eleitos na Área Metropolitana do Porto", assinalou que a Distrital do PS/Porto "tem o dever de liderar, auscultar e de propor caminhos, para não ir a reboque de outros atores políticos".

Concorrente contra Manuel Pizarro à eleição que primeiro foi marcada para 13 e 14 de março, mas que acabou adiada por tempo indeterminado devido à covid-19, José Manuel Ribeiro disse estar disponível "para a urgente promoção de um encontro com todas as federações do PS na região Norte, em conjunto com todos os autarcas do PS e de todos os presidentes das concelhias, para uma reflexão e tomada de posição conjunta sobre o modo de encarar a crise e os desafios imediatos e estratégicos que a região terá que enfrentar nos próximos tempos, bem como acertar posições sobre as oportunidades, designadamente ao nível dos financiamentos comunitários".

"Assim, num momento em que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal, António Costa, lança um programa para a estabilização económica e social, auscultando todas as forças políticas e sociais do país, espera-se da maior federação distrital do PS que compreenda o que se está a passar e promova um diálogo e uma avaliação dos impactos e dos desafios da pandemia, auscultando e envolvendo todos os interlocutores sociais e económicos da nossa região", acrescentou.

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