JSD pede respostas ao Governo para "brutal sangria no emprego jovem"

por Lusa

A Juventude Social Democrata (JSD) pediu hoje respostas ao Governo para o aumento do desemprego dos jovens, que o presidente desta organização, Alexandre Poço, qualificou como uma "brutal sangria".

Numa pergunta dirigida à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, Alexandre Poço e mais três deputados do PSD que pertencem à JSD pedem-lhe que indique quais as "medidas de estímulo ao emprego jovem" que foram apresentadas ou que estão a ser preparadas pelo Governo.

A JSD quer também saber "qual será o peso relativo das medidas de estímulo ao emprego jovem na totalidade das políticas de recuperação económica".

"Atendendo ao aumento do número de jovens que não estudam nem trabalham (NEET), que medidas equaciona o Governo para atrair estes jovens para o mercado de trabalho ou para a formação?", questionam ainda os deputados Alexandre Poço, André Neves, Margarida Balseiro Lopes e Hugo Martins de Carvalho.

Num comunicado sobre esta pergunta hoje entregue na Assembleia da República, o presidente da JSD, Alexandre Poço, afirma que "continua a brutal sangria no emprego jovem" e acusa o executivo do PS chefiado por António Costa de estar "desaparecido em combate" com uma "total ausência de respostas" para os "81 mil jovens, entre os 15 e os 24 anos, sem trabalho".

"Temos vindo a acompanhar a situação de muitos jovens que, por força da atual recessão, perderam o seu emprego ou simplesmente acabaram os seus estudos e não conseguiram encontrar um trabalho", acrescenta Alexandre Poço, interrogando "que futuro há para esta geração".

De acordo com este comunicado da Comissão Política Nacional da JSD, a organização de juventude do PSD sugere, "entre as soluções possíveis", que haja "incentivos fortes e concretos à contratação e manutenção de jovens trabalhadores nas empresas, nomeadamente em sede fiscal ou através das contribuições sociais".

Como enquadramento, refere-se que "nos últimos três meses a taxa de desemprego jovem atingiu os valores mais elevados dos últimos três anos, cifrando-se atualmente em cerca de 25%" e que, "por sua vez, 12,8% dos jovens entre os 15 e os 34 anos não estão nem empregados nem a estudar".

"Face ao período homólogo, o número de jovens até aos 24 anos que estavam inscritos em julho no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou 58%, passando de 28,5 mil jovens para cerca de 45 mil jovens", assinala a JSD, para quem "este aumento exponencial é excecionalmente preocupante pela total ausência de sinais de abrandamento".

No mesmo comunicado, recorda-se que o PSD já questionou o Governo sobre esta matéria, em maio, mas, "volvidos mais de três meses, as perguntas continuam sem resposta e o problema a intensificar-se para infortúnio de milhares de jovens".

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