Lucro da Impresa sobe 38% no 1.º semestre para 3,5 ME

por Lusa

A Impresa registou 3,5 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, mais cerca de 38% do que em igual período do ano anterior, foi anunciado.

Em comunicado, a dona da SIC indicou que, nos primeiros seis meses do ano, o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) fixou-se em 11,6 milhões de euros, o equivalente a uma subida de 12,1%.

Por sua vez, as receitas totais do grupo ascenderam a quase 88,8 milhões de euros, mais 3,2%.

Entre janeiro e junho, o volume de amortizações e depreciações aumentou 66,4% para três milhões de euros.

Já a dívida remunerada líquida diminuiu 18,2 milhões de euros, face a igual período de 2018, para 167,5 milhões de euros.

"A SIC, no primeiro semestre do ano 2019, atingiu receitas totais de 75,3 milhões de euros, o que representou um crescimento de 3,5%, resultante do bom desempenho verificado em todas as linhas de receitas, com exceção de subscrições de canais", lê-se no documento.

No período em causa, as receitas de publicidade atingiram 49,3 milhões de euros, um aumento de 1,3% comparativamente ao primeiro semestre de 2018.

Porém, as receitas de subscrição, geradas pelos oito canais da SIC distribuídos por cabo e satélite, em Portugal e no estrangeiro, cederam 9,8%, no semestre em causa, para 17,6 milhões de euros.

"Esta quebra ficou a dever-se à renovação dos contratos nacionais e essencialmente à negociação com operadores internacionais", explicou a Impresa.

As receitas de IVR`s (chamadas de valor acrescentado), por seu turno, mais do que duplicaram (115,4%), atingindo 6,4 milhões de euros, devido às "alterações efetuadas na grelha da SIC generalista".

Os custos operacionais da estação avançaram 2,3%, resultado, sobretudo, do aumento das receitas IVR`S.

No entanto, o aumento destes custos (1,4 milhões de euros) foi "compensado positivamente pelo aumento total de receitas (2,5 milhões de euros), o que levou a um acréscimo de 10% em EBITDA e 8,9% em EBITDA ajustado de indemnizações".

A Impresa apontou ainda que a SIC terminou o 1.º semestre a liderar as audiências entre os canais generalistas, com uma média de 19,3% de share, em dados consolidados, um valor superior em 2,1 pontos percentuais ao registado no período homólogo.

Neste período, os canais SIC, que englobam a SIC generalista e os temáticos, lideraram com uma quota de mercado de 23%, ou seja, com mais 2,2 pontos percentuais do que no 1.º semestre de 2018.

Na área de `publishing`, as receitas totais subiram 0,9% para 12,1 milhões de euros, devido, entre outros fatores, às receitas de circulação, que avançaram 5% para 4,8 milhões de euros.

Ainda neste segmento, as receitas de publicidade atingiram 6,2 milhões de euros, "mantendo o volume, quando comparadas com os valores do semestre homólogo de 2018".

De acordo com a Impresa, para além da manutenção das receitas de publicidade em papel, "o segmento digital teve forte contributo para este resultado, com uma subida em cerca de 9,3% nas receitas de publicidade digital, que agora representam 31,6% do total das receitas de publicidade da área de `publishing`".

Os custos operacionais registaram um crescimento de 3,8% devido a "custos com indemnizações incorridos no 1.º semestre de 2019".

O EBITDA atingiu 0,4 milhões de euros, mais 20 mil euros que o valor registado nas contas do 1.º semestre do ano anterior.

"Em cumprimento do Plano Estratégico, a empresa conta melhorar os resultados, tanto no que respeita ao crescimento das receitas, como através de uma melhor eficiência operacional, com vista a aumentar o EBITDA e os resultados líquidos, mantendo-se igualmente a tónica na redução da dívida, com vista a melhorar o rácio da dívida líquida/EBITDA. No segundo semestre de 2019, será elaborado um novo Plano Estratégico para o triénio 2020/2022", avançou a também dona do semanário Expresso.

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