Macau deve reconsiderar o modelo de licenças dos operadores de jogo afirma Analista da Bloomberg

por Lusa

A analista da Bloomberg Intelligence especializada na indústria do jogo, Margaret Huang, defendeu hoje à Lusa que Macau deve reconsiderar o modelo de licenças dos operadores de jogo, argumentando que "o mercado aguenta" mais concessionários.

O Governo de Macau deve abrir mais licenças de jogo e abandonar "o esquema das subconcessões", afirmou Margaret Huang, apontando "que o mercado aguenta" mais concessionários.

A analista, em entrevista à Lusa nos escritórios da Bloomberg Intelligence em Hong Kong, afirmou ser contra o modelo vigente, sublinhando que "o Governo de Macau devia pensar nisso", agora que anunciou um novo concurso público para a atribuição de novas licenças de jogo em 2022.

Entre março e junho de 2002 foram celebrados contratos entre o Governo de Macau, a Sociedade de Jogos de Macau (SJM), a Galaxy Casino e a Wynn Resorts Macau para a atribuição de três concessões, e depois em dezembro foi feita uma alteração ao contrato de concessão do Galaxy Casino.

Através dessa alteração, foi permitida à Las Vegas Sands explorar jogos de fortuna ou azar no território, mediante subconcessão, e a SJM e a Wynn vieram também a assinar contratos de subconcessão com a MGM e a Melco Resorts, respetivamente.

"Acho que todos deviam ser iguais, sem dúvida", afirmou a analista da Bloomberg Intelligence, apontando que a Macau Legend pode ser um pos´sivel candidato ao concurso, juntando-se à Sun City, que na terça-feira anunciou à Lusa que vai concorrer.

No cenário de as autoridades do território não aumentarem o número de licenças, a analista defendeu que se deve "apostar apenas nos grandes operadores e construir uma comunidade a partir daí, em vez de criar estes pequenos operadores", referindo-se aos vários casinos satélite que estão sob a alçada da SJM, já que "a maioria deles estão em má forma".

Nos últimos anos tem havido um grande investimento no Cotai, faixa de casinos entre as ilhas da Taipa e de Coloane, mas a analista destacou que "ainda há muito para fazer na península", onde estão os pequenos operadores satélites da SJM, que podem fazer crescer o negócio e até tornarem-se concessionários.

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