Metro de Lisboa. Governo lança concurso para duas novas estações

por Cristina Sambado - RTP
RTP A estação do Cais do Sodré vai ser remodelada

É lançado esta quarta-feira o concurso para a construção de duas novas estações do Metropolitano de Lisboa. O projeto prevê o prolongamento das linhas Amarela e Verde. O investimento ronda os 210 milhões de euros.

O Ministério do Ambiente, que tutela os transportes públicos, prevê que as obras de expansão do Metro de Lisboa arranquem ainda este ano.

“A nossa expetativa de adjudicação da própria obra será em junho ou julho. O que significa que em outubro estaremos certamente em obra. Obra essa que deve estar concluída no final de 2022 início de 2023. E com ela a área metropolitana de Lisboa passará a dispor de um grande anel de metropolitano. Que vai desde o Cais do Sodré até ao Campo Grande, com uma frequência muito grande de composições”, esclareceu Matos Fernandes em declarações à Antena 1.

O ministro que tutela os transportes públicos prevê que as composições circulem “com intervalos máximos de quatro minutos”. O Metro de Lisboa prevê o prolongamento do Rato (Linha Amarela) ao Cais do Sodré (Linha Verde) com duas novas estações Estrela e Santos.

Segundo fonte do Ministério do Ambiente, a empreitada vai ter três fontes de financiamento: 83 milhões comparticipados pelo POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficácia no Uso de Recursos, uma parte pelo Fundo Ambiental e outra com recursos próprios do metropolitano, através da alienação de um terreno em Sete Rios.

A cerimónia, que se realiza no auditório da empresa, no Alto dos Moinhos, conta com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que tutela os transportes urbanos.

Antes, os dois governantes fazem uma viagem de metro, entre as estações da Baixa-Chiado e do Alto dos Moinhos.

Matos Fernandes acredita que o alargamento da rede do Metro de Lisboa leve mais pessoas a utilizar este meio de transporte.

“Estas duas novas estações representam um trazer para o Metro mais 8,9 milhões de passageiros por ano. O Metro tem vindo a crescer baseado apenas na sua oferta. No ano de 2018 foram transportados mais de 168 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 4,3 por cento em relação ao ano anterior. O que significa que o Metro de Lisboa está a funcionar melhor”, frisou o ministro do Ambiente.

A nova estação da Estrela servirá uma parte da cidade “primordialmente residencial e que possui uma concentração elevada de serviços de autocarro”, avança o Metropolitano de Lisboa. A estação deverá ficar localizada ao cimo da Calçada da Estrela, na extremidade sul do Jardim da Estrela.

Já a estação de Santos servirá, além das áreas residenciais, equipamentos como a Assembleia da República, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) ou o Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing (IADE), bem como áreas nas quais se concentram atividades de lazer e de diversão noturna.A estação do Cais do Sodré vai ser remodelada e haverá também intervenções nos viadutos do Campo Grande para ligar as linhas Verde e Amarela.

A estação Santos vai ficar localizada a poente do quarteirão definido pela Av. D. Carlos I, Rua das Francesinhas, Rua dos Industriais e Travessa do Pasteleiro, com alinhamento entre as instalações do ISEG e o Largo da Esperança. Irá dispor de dois acessos: um dos quais na Av. D. Carlos I (no gaveto com o Largo da Esperança) e o outro à Travessa do Pasteleiro.

A 27 de novembro, o Metropolitano de Lisboa anunciou que a Agência Portuguesa do Ambiente emitiu uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável condicionada ao projeto, que cria uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais.

Segundo a DIA, a criação da linha circular poderá pôr em risco vários monumentos nacionais, como o Aqueduto das Águas Livres e o Jardim da Estrela.

O documento indica também que a construção da linha circular obriga a deslocar a linha de comboio entre Santos e Cais do Sodré durante 44 meses.

c/ Lusa
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