Ministro da Economia apela para que empresas comprem equipamentos nacionais

por Lusa

O ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, apelou hoje para que as empresas portuguesas optem por comprar bens de equipamento nacionais para as suas unidades.

Em declarações no final de uma reunião com empresas do setor dos bens de equipamento, o governante garantiu que "todas as projeções para os próximos anos apontam para que Portugal continue a crescer acima da média da União Europeia", lembrando que o que o executivo quer "é que cresça mais".

Para isso, assegurou, é preciso exportar "mais bens de equipamento e tecnologia de produção" e importar "menos equipamentos para alimentar o nosso esforço empresarial. Então o saldo comercial vai melhorar e o PIB [Produto Interno Bruto] vai crescer", garantiu.

"Em Portugal fazem-se máquinas e equipamentos e presta-se o serviço à indústria a níveis que são dos mais elevados do mundo", destacou o governante.

O objetivo do Governo é "assegurar que isso se torna mais notório para as nossas empresas industriais, quando compram bens de equipamento", disse Pedro Siza Vieira, acrescentando que se pretende "dar melhores condições de competitividade às empresas do setor para que aquilo que é a qualidade dos seus serviços e produtos seja acompanhada de uma maior capacidade de se promoverem e financiar os seus equipamentos".

A reunião entre as empresas e o Governo irá resultar num "compromisso", indicou o governante, detalhado que foi debatido em que áreas será possível "crescer mais rapidamente" e que medidas o Estado "pode assegurar para que estas empresas e as industriais possam melhorar a sua `performance` [desempenho]".

Siza Vieira indicou ainda que o Governo está a estudar como alocar fundos comunitários a esta atividade.

Segundo dados enviados pelo executivo, o setor conta com mais de 29 mil empresas, que empregam quase 187 mil pessoas, sendo que o conteúdo importado de máquinas e equipamentos e material de transporte é acima de 70%.

Segundo os mesmos dados, estes equipamentos "explicam metade do crescimento das importações no período 2015-2019".

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