Ministro da Economia defende pacto de regime para o desenvolvimento do Interior

por Lusa

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu hoje um pacto de regime para o desenvolvimento do Interior e afirmou que se não houver continuidade de politicas é muito difícil mudar uma situação que é estrutural.

"Aquilo que parece importante é que haja continuidade de políticas. O movimento de quebra demográfica nas regiões do Interior é um movimento que tem décadas e que não se corrige numa legislatura e muito menos em dois ou três anos. E, por isso, é preciso haver continuidade de políticas", afirmou à agência Lusa Pedro Siza Vieira.

O governante falava à margem do debate "Importância do Mercado Transfronteiriço como Alavanca de Desenvolvimento Territorial", que decorreu na Secretaria de Estado para a Valorização do Interior, em Castelo Branco.

O ministro reforçou a ideia de que é importante que as políticas tenham continuidade e deu como exemplo os benefícios fiscais à interioridade.

"Um governo aprovou, em 2008, uma redução da fiscalidade para o Interior. Em 2011, a maioria que estava na Assembleia da República revogou esse regime. Este ano, o Governo propôs no orçamento a recuperação do regime de fiscalidade positiva para o interior, que também não foi aprovado na Assembleia da República", sustentou.

Pedro Siza Vieira afirma que é difícil manter continuidade de políticas se os partidos dizem que tem que se ter atenção ao Interior, e depois, quando é preciso tomar decisões de distribuição de recursos, "as coisas não funcionam".

"Se não houver continuidade de políticas, é muito difícil mudar uma situação que é estrutural. Só se mudam situações estruturais se se mantiver consistência ao longo de varias legislaturas", concluiu.

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