Musk pede explicações à Apple

por RTP
Reuters

Elon Musk acusou a Apple de remover o Twitter da App Store e questiona Tim Cook pelo facto de fabricante do iPhone ter "quase ter terminado com toda a publicidade" na rede social.

O magnata e proprietário da empresa da rede social começou na sua conta uma campanha de mensagem destinadas ao fabricante do iPhone, nas quais afirma que “a Apple ameaçou congelar a Twitter da sua App Store (serviço de aplicações dos seus telefones), sem dar razões”.

Sem ter recebido qualquer resposta de Tim Cook, Musk avançou com outra em que acusa a Apple de “impor uma taxa secreta de 30 por cento em cada produto comprado através da sua App Store”.
Numa terceira mensagem sugere que a Apple “deveria publicar todos os atos de censura que fez e que prejudicam os seus utilizadores”.
A Apple não comentou as acusações do novo proprietário do Twitter. Musk, que adquiriu a rede social por 44 mil milhões de dólares no passado mês, está sob pressão depois de perder a publicidade de várias empresas, entre as quais a Apple que gastou 48 milhões de dólares no primeiro semestre de 2022.

Mas, até ao momento, a aplicação do Twitter funciona com normalidade nos iPhones de Apple.

A 21 de  novembro, Phil Schiller, responsável pela Apple Store, apagou a conta no Twitter.
Uma decisão que deu origem a muita especulação de que a relação de Musk com a fabricante do iPhone estava tensa.

A confirmar-se a saída da Apple dos anunciantes do Twitter, este será um novo golpe para a empresa da rede social que, depois da chegada de Musk, perdeu boa parte das suas receitas publicitárias. A cadeia de rádio pública NpR estima que metade dos principiais anunciantes saíram, os quais só neste ano gastaram 750 milhões de dólares.

Também as empresas General Motors, a Chipotle (uma cadeia norte-americana de alimentação), a Cheerios Mills General Mills e a Volkswagen reduziram, para metade, a verba gasta em publicidade no Twitter.

Em causa está o temor dos anunciantes com o rumo incerto do Twitter em relação aos conteúdos, que se manifesta em decisões tão polémicas como a do restabelecimento da conta de Donald Trump, suspensa depois do ataque dos seus apoiantes ao Capitólio.

Musk, que se autodescreve como um “absolutista da liberdade de expressão”, alarmou os anunciantes com a possibilidade de permitir uma proliferação de discursos de ódio no Twitter.


Na passada semana, Elon Musk anunciou uma “amnistia geral” para contas permanentemente suspensas na rede social.

c/Agências
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