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NAV estuda mecanimos para travar drones na zona dos aeroportos

por Lusa

Lisboa, 29 jun (Lusa) -- O presidente da NAV Portugal, Albano Coutinho, reconheceu hoje que a fiscalização dos `drones` nas proximidades dos aeroportos é "muito complicada", mas diz estarem em estudo mecanismos para que as forças de segurança atuem rapidamente.

"A fiscalização neste caso concreto é muito complicada, porque estamos a falar de situações que são reportadas e que, até chegarem a quem tem realmente o poder da fiscalização, que são as forças de segurança, se não houver uma atuação muito rápida, obviamente que é muito difícil encontrar ou até chegar a alguma conclusão em relação aos prevaricadores", afirmou Albano Coutinho, em entrevista à agência Lusa.

"Mas nós estamos a trabalhar, junto da ANAC (regulador) e das forças da segurança, a tentar encontrar mecanismos que permitam a quem tem a competência para fazer a fiscalização, atuar rapidamente e encontrar algumas das pessoas que realmente estão, neste caso, fora da lei, para ver se conseguimos que haja uma consciencialização dos utilizadores dos `drones`, dos poucos que ainda prevaricam, para ver se evitamos que esta situações continuem a acontecer", acrescentou o presidente da empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo.

Este mês já se registaram sete incidentes, número que sobe para 11 desde o início do ano, com `drones` (veículo aéreo não tripulado) que surgem nas zonas de aproximação aos aeroportos nacionais ou na fase final de aterragem.

O regulamento da Autoridade Nacional da Aviação civil (ANAC), em vigor desde janeiro deste ano, proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto.

"Continua a haver algumas pessoas que, ou por desconhecimento, ou porque preferem ignorar aquilo que é a legislação, continuam a causar este tipo de situações. Uma coisa posso garantir: se fosse cumprido tudo aquilo que está no regulamento que foi criado pela ANAC, que foi divulgado e continua a ser divulgado através do `site` voanaboa, se as pessoas cumprissem com aquilo que lá está, e são alguns princípios básicos muito simples, se calhar não estávamos aqui a falar sobre este assunto, nada teria acontecido", frisa o presidente da NAV Portugal.

Para Albano Coutinho, os incidentes com `drones` que violam o regulamento da ANAC, voando a altitudes acima do permitido, representam uma preocupação para a indústria aeronáutica.

"Realmente é uma preocupação para nós, porque a atividade da nossa empresa tem como principal pilar a segurança, e este tipo de acontecimentos são situações que vêm trazer algumas preocupações em relação à segurança. Mas vamos lidar com isto como sempre lidamos: com muito cuidado e com muita atenção e sempre à procura de soluções para tentar evitar que qualquer destes acontecimentos possa resultar em problemas que obviamente ninguém deseja", salientou o presidente da NAV.

O mais recente incidente com `drones` registou-se na tarde de segunda-feira quando um avião da companhia aérea Ryanair, vindo do Porto, cruzou-se com um `drone` quando sobrevoava a zona entre a Praça de Espanha e Sete Rios, a cerca de 500 metros de altitude, já na fase final da aproximação ao Aeroporto de Lisboa.

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