Nicolau Santos frisa que é importante não confundir o polícia com o ladrão no caso BES

por Sandra Henriques

Foto: Hugo Correia/Lusa

O comentador da Antena 1 de assuntos económicos Nicolau Santos defende que é importante não confundir o polícia com o ladrão no caso dos empréstimos não declarados que o Banco Espírito Santo (BES) fez ao seu acionista Espírito Santo Internacional através do Panamá.

Nicolau Santos admite que fica incomodado sempre que se aponta o dedo à supervisão: “É bom que na opinião pública fique instalada esta ideia. Os supervisores fazem o seu papel, são o polícia, mas não são seguramente o ladrão”.

“As falcatruas, os esquemas fraudulentos para fugir à supervisão para financiar o grupo, para utilizar dinheiros, para financiar o grupo, para utilizar dinheiros que não podiam ser utilizados, foram feitos esses esquemas que são da responsabilidade da cúpula do Grupo Espírito Santo com o Dr. Ricardo Salgado à cabeça e o Dr. Amílcar Morais Pires como seu executante”, sublinha.

Numa análise à notícia avançada pelo Financial Times, que teve acesso a documentos que mostram como era feito o financiamento indireto do BES ao grupo Espírito Santo através do Panamá, Nicolau Santos explica que este tipo de instituições é criado em zonas sombra para que haja dificuldades de supervisão. A Líbia é outro exemplo.

“Convido de novo as pessoas. Vão ver se o BPI tem essas instituições nesses países, vão ver se a Caixa Geral de Depósitos tem, vão ver se o BCP tem. E não tem. Isto quer dizer alguma coisa obviamente”, alerta o diretor-adjunto do semanário Expresso.

pub