Novo Rosa Mota sem capacidade para lançar Porto no turismo de congressos - Menezes

por Lusa

O ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes considerou hoje que o renovado Pavilhão Rosa Mota no Porto vai "ter utilidade", mas é um "projeto minimalista" e sem condições para lançar a cidade no mercado global do mercado de turismo de congressos.

"O novo pavilhão vai ter a sua utilidade, a sua renovação é positiva, mas a polémica com Rosa Mota, torneável com bom senso, serviu para desfocar o essencial da discussão: a utilidade funcional de um projeto minimalista, ainda por cima gerido por privados, que manifestamente sempre vão preferir os eventos comerciais cançonetistas, eventos de rotatividade rápida, à implementação de congressos, que duram muito tempo e pagam sempre pior", comentou hoje Menezes, numa publicação na sua página oficial na rede social Facebook.

Luís Filipe Menezes recorda que em 2013 se candidatou à presidência da Câmara do Porto, "com um programa global coerente e fazível de relançamento da cidade", tendo como uma das marcas "reabrir o velho espaço do Palácio de Cristal à cidade", o que incluiria um projeto financiado pela economia privada de recuperação do Pavilhão Rosa Mota, "com capacidade para 15 mil pessoas".

Seis anos depois, o pavilhão Rosa Mota abriu ao público, "construído com o mesmo modelo de financiamento", mas "sem ser acompanhado de outros projetos de dinamização do espaço global" e com 5.500 lugares para o público.

Considerando "positiva" a renovação do Pavilhão - que "é sempre melhor do que um abandono" - o também ex-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia destaca que "não é um espaço desta dimensão que tem qualquer tipo de condições para lançar o grande projeto, Porto capital de grandes congressos internacionais".

Menezes assinala que no Porto já existem " várias" salas com a dimensão do Pavilhão Rosa Mota, nomeadamente "o próprio Coliseu" que "já alberga 4.000 pessoas".

"Só que o Altice, em Lisboa, alberga 20 a 25.000", frisa o antigo autarca da cidade vizinha do Porto, para quem "só a ignorância atrevida, ou a demagogia condenável, podem ignorar que esse mercado internacional só é absorvível por mega espaços, sempre acima dos 15 mil lugares".

Inaugurado na segunda-feira, o renovado Pavilhão Rosa Mota resulta de um investimento de mais de oito milhões de euros, tem capacidade para 5.500 lugares sentados e a capacidade para acolher até oito mil pessoas em eventos culturais, desportivos e empresariais.

Está ainda previsto um restaurante com vista para o lago e para os Jardins do Palácio de Cristal e ainda um `food court` que abrirá diariamente.

A renovação do espaço tem estado envolta em polémica por causa da designação final -- Super Bock Arena -- Pavilhão Rosa Mota -- o que, segundo a atleta, resultou de uma decisão tomada à revelia do acordado com a Câmara do Porto. A inauguração na segunda-feira foi feita sem a presença da atleta e dos vereadores do PS, PSD e CDU na câmara, que não se conformam com a "menorização" do nome da campeã olímpica.

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