OE2022. Costa argumenta que país não pode "perder tempo com questões políticas"

por RTP

O primeiro-ministro considera que há uma obrigação de ir "mais além" e "mais rápido" na recuperação económica por haver acesso às verbas comunitárias do PRR e do Portugal 2020. António Costa diz que os políticos têm a obrigação de executar o Orçamento do Estado, não desperdiçar a oportunidade e nem estar a "perder tempo com questões políticas" para não executar o que chama de "oportunidade extraordinária".

Costa argumenta que nunca os restantes líderes partidários fizeram uma ligação entre os resultados das eleições autárquicas e a negociação do Orçamento do Estado e considera que se aproxima o tempo de negociar e “dar continuidade às boas políticas” e “bons resultados”.

O líder do executivo acrescenta que concorda com o Presidente da República quando este diz que não são desejáveis crises políticas até 2023. Costa diz mesmo que essa ideia é partilhada pela “esmagadora maioria dos portugueses”, que não querem acrescentar um cenário de crise política à “maior crise económica” que Portugal já enfrentou e à crise sanitária.

A votação final do Orçamento do Estado ocorre a 26 de novembro e Costa espera que até lá o debate parlamentar possa vir a melhorar o documento que vai ser apresentado pelo Governo.

O primeiro-ministro garante que não há qualquer perspetiva de remodelação governamental e diz que a única remodelação que houve foi autárquica, quer seja porque muitos autarcas não puderam recandidatar-se ou porque os eleitores não renovaram a confiança.

António Costa volta a afirmar que o PS ganhou as eleições autárquicas e, quanto a Lisboa e à viabilização do executivo de Carlos Moedas, diz que o Costa líder partidário não interfere na gestão da política autárquica.
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