OPEP tenta hoje prolongar acordo de corte de produção por mais nove meses

por Lusa

Os sócios da OPEP e outros 11 grandes produtores vão tentar hoje em Viena prolongar por mais nove meses o acordo de corte da produção, de 1,8 milhões de barris por dia, aprovado em dezembro de 2016.

"O plano agora é mantermo-nos constantes e passar os nove meses a monitorizar (o mercado) e logo decidir", declarou hoje o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Jalid al-Falih, antes do início da reunião ministerial da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo).

O representante do líder natural da OPEP insistiu no período de nove meses, até finais de março de 2018, e afastou a hipótese de se aplicarem outros cenários, como o de um prolongamento de seis meses prolongável por três meses, sempre a partir de 30 de junho próximo, quando se vence o acordo que entrou em vigor em 1 de janeiro último.

Um prolongamento de maior amplitude, de 12 meses, também foi afastado porque podia supor muita pressão para alguns produtores, explicou o ministro do Petróleo do Kuwait, Esam al Marzu

"O corte que aplicámos em dezembro está a funcionar e vemos uma importante descida das reservas", resumiu al-Falih, referindo-se às reservas de petróleo e que, no caso dos países que mais consomem, estão muito acima da média dos últimos cinco anos.

"Ontem tivemos a reunião do comité de monitorização, que vê com bons olhos a decisão de estender o acordo por mais nove meses, até ao final de março de 2018", explicou o ministro do Petróleo da Venezuela, Nelson Martínez.

Contudo, o ministro venezuelano recordou que a medida tem que ser confirmada hoje "com todos os países membros do acordo".

Tanto Al-Falih como Martínez coincidiram que o prolongamento do corte incluirá manter sem mudanças as atuais quotas de produção.

O ministro saudita confirmou que há conversações para que outros países, como o Egito, Turquemistão e a Guiné Equatrorial, se juntem ao acordo de corte da produção de dezembro último e em vigor desde janeiro, e no qual participam a OPEP e mais 11 grandes produtores, incluindo o México e a Rússia.

Neste sentido, Al-Falih comentou que a Líbia e a Nigéria, ambos da OPEP, continuarão sem participar na política de cortes até que se estabilizem as situações de insegurança interna em ambos os países, que afetam a capacidade de produção.

 

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