O orçamento da UE vai exigir “cortes impressionantes” em alguns programas depois da saída do Reino Unido. O alerta foi feito pela Comissão Europeia que vai pedir mais dinheiro aos países membros para menorizar as perdas. Juncker está contra.
Günther Oettinger disse que a "proposta provisória é conseguir economias de 50% nas perspetivas atuais e adicionar até 50% de dinheiro fresco, tudo para preencher a lacuna deixada pelo Brexit".
O comissário da UE apelou a um aumento dos recursos próprios da União, que só pode resultar de um aumento das contribuições dos Estados-membros, acrescentou o Comissário alemão.
A União Europeia deve, ao mesmo tempo, encontrar recursos necessários para novas políticas, nas áreas da segurança interna e externa, transição ecológica, emprego, migração e defesa.
Para estes novos desafios, Günther Oettinger, favorece o financiamento com "80%" de dinheiro fresco, sendo o restante o resultado de redistribuições.
Juncker contra “cortes sangrentos”
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, assegurou na mesma conferência que se opunha a todos os "cortes sangrentos" nas políticas de coesão que apoiam as regiões mais pobres da UE, bem como em fundos agrícolas.
"Não sou a favor de cortes sangrentos no campo das políticas de coesão (...) O mesmo se aplica à Política Agrícola Comum", disse Juncker.