Paralisação parcial em Moçambique tem "impacto reduzido" na produção de carvão

por Lusa

Maputo, 17 out (Lusa) - A paralisação de uma parte da mina de carvão de Moatize, na província oeste de Tete, Moçambique, está a ter um impacto reduzido na produção, disse hoje à Lusa fonte da empresa responsável pela exploração.

A Vale mantém paralisado "um terço das suas operações", correspondente a "uma de quatro secções da mina de Moatize, com impacto reduzido na sua produção", referiu fonte oficial.

A multinacional brasileira reitera que "mantém um diálogo aberto com as comunidades sobre as questões apresentadas" e que no dia 05 de outubro conduziram a protestos - e consequente paragem parcial dos trabalhos.

A população exigiu o encerramento da secção quatro da mina, alegando que estavam a ser feitas detonações prejudiciais à saúde e com níveis de poluição acima do tolerável.

De acordo com a fonte da Vale, as revindicações da população são legítimas e, em paralelo com as negociações, a empresa está a identificar medidas para a mitigação da proliferação de poeira.

Em maio, a empresa, que detêm a maior concessão de carvão mineral em Moçambique, anunciou que registou em 2017 um resultado líquido de 66,3 mil milhões de meticais (928 milhões de euros), mais 31% que em 2016.

A Vale prevê exportar este ano 13 milhões de toneladas de carvão, tendo exportado 20 milhões de toneladas nos dois primeiros anos de produção.

A concessão da Vale em Moçambique tem capacidade para gerar 22 milhões de toneladas de carvão, mas ainda não está a produzir na sua plenitude.

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