Portugal com melhores condições para captar empresas do que Galiza - Eixo Atlântico

por Lusa

Corunha, Espanha, 15 mar (Lusa) -- O presidente do Eixo Atlântico, organismo que agrega 38 municípios portugueses e galegos, admitiu hoje que Portugal tem atualmente melhores condições económicas para captar empresas, mas isso não deve ser motivo de fricção com a Galiza.

"Portugal está a ter condições económicas que, para as empresas, são melhores, em alguns casos, e isso faz com que as que querem instalar-se no território decidam instalar-se em Portugal", afirmou Alfredo García, presidente do Eixo Atlântico.

Para o também alcaide do município galego O Barco de Valdeorras, "isso não deve ser motivo de fricção", uma vez que "cada um tem de desenvolver-se e Portugal faz bem em desenvolver o que é seu".

García falava à margem da apresentação, na Corunha, do Plano de Ação da Agenda Urbana do Eixo Atlântico, um instrumento orientador para a construção das cidades do futuro na eurorregião.

"O futuro está numa perfeita união entre o Norte de Portugal e a Galiza", destacou o responsável, assinalando o "potencial turístico e de desenvolvimento económico" de uma eurorregião que reúne sete milhões de habitantes.

Desde 2014 o Eixo Atlântico trabalha numa Agenda Urbana para a eurorregião Galiza-Norte de Portugal, a primeira transfronteiriça da União Europeia e que reúne os interesses dos 38 municípios membros, seguindo-se agora a criação de um plano específico de ação.

Perante os objetivos traçados na agenda, e as carências identificadas, foram definidas quatro prioridades estratégicas vertidas no Plano de Ação que deverá ser aplicado pelos diversos municípios: construir uma cidade de futuro, desenvolver a economia e promover o emprego, promover a coesão territorial e afirmar o espaço eurorregional.

Apresentada em junho de 2017, a Agenda Urbana do Eixo Atlântico é um instrumento ao serviço do sistema urbano Galiza-Norte de Portugal que visa, entre outros, potenciar o desenvolvimento territorial equilibrado, garantir a competitividade global assente numa economia local sólida e promover comunidades urbanas inclusivas, tolerantes e democráticas.

"Começar a construir essa cidade [de futuro] passa por pensar um modelo de cidade integral e transversal, um modelo particular de cada cidade que deve partilhar princípios comuns ao resto de membros do sistema urbano do Eixo Atlântico", destacou o organismo em nota à Lusa.

O fórum de hoje representa o "arranque da agenda urbana" que já foi entregue na Comissão Europeia e que verá agora a sua aplicação nos municípios da eurorregião Galiza-Norte de Portugal, aquela que se mostra como "a mais dinâmica e estável dentro da Europa".

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