Preço do barril de petróleo da OPEP subiu mais de 10% na segunda-feira

por Lusa

O preço do barril de petróleo da OPEP subiu na segunda-feira 10,68%, para 66,43 dólares, seguindo a tendência de outros petróleos de referência internacional que reagiram em alta aos ataques de sábado contra refinarias da Arábia Saudita.

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que divulga sempre os preços do petróleo com um dia de atraso, sublinhou que o barril de referência subiu 6,41 dólares de sexta-feira para segunda-feira, para atingir o nível mais alto em quase dez semanas.

O ataque de sábado contra duas refinarias da petrolífera estatal saudita Aramco, empresa chave para o abastecimento mundial, causou uma redução de cerca de 50% da sua produção.

A Aramco, líder mundial, indicou que levará semanas a restabelecer as suas operações, fazendo temer graves consequências para o fornecimento de petróleo a nível mundial.

Segundo a Aramco, os ataques, reivindicados pelos rebeldes iemenitas Huthis e que os Estados Unidos atribuem ao Irão, reduziram a produção de petróleo em cerca de 5,6 milhões de barris diários.

Perante as inquietações com a escalada dos preços, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a libertação de reservas de petróleo do seu país, caso seja necessário, para garantir o fornecimento mundial.

Neste contexto, o barril de petróleo Brent, de referência na europa, para entrega em novembro abriu hoje em baixa ligeira, a cotar-se a 68,43 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mas depois de ter terminado a 69,02 dólares na segunda-feira e a 60,22 dólares na sexta-feira.

Os ataques contra refinarias sauditas no passado fim de semana, que forçaram à diminuição de 5% da produção mundial de petróleo, desencadearam na segunda-feira a maior subida do preço do petróleo numa única sessão desde a guerra do Golfo.

Na sessão de segunda-feira, o preço do Brent chegou a subir quase 20% para 71,95 dólares, apesar de posteriormente se ter moderado e ter terminado a 69,02 dólares, a registar um acréscimo de 14,6% face à sessão anterior.

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