Preocupações de espionagem. China Unicom banida dos EUA

por Cristina Sambado - RTP
Reuters

A China Unicom é a mais recente gigante chinesa de telecomunicações a ser banida dos Estados Unidos devido a preocupações "significativas" de segurança nacional e espionagem. O anúncio surge depois da sua maior rival a China Telecom ter sido banida em outubro.

A Comissão Federal de Comunicações (FCC) votou por unanimidade a revogação da autorização para a empresa atuar nos EUA. A China Unicom deve parar de fornecer serviços de telecomunicações dentro de 60 dias.

Há evidências crescentes – e com elas, uma preocupação crescente – de que as operadoras estatais chinesas representam uma ameaça real à segurança das nossas redes de telecomunicações”, afirmou a presidente da FCC, Jessica Rosenworcel.

As empresas chinesas de tecnologias e comunicações têm sido alvo nos últimos anos das autoridades norte-americanas por questões de segurança nacional.

Em declarações à BBC, a China Unicom afirmou que a sua unidade norte-americana “tem um bom histórico de conformidade com as leis e regulamentações relevantes nos EUA e fornecimento de serviços e telecomunicações como um parceiro confiável dos seus clientes nas últimas duas décadas”.

“A China Unicom (Hong Kong) Limited acompanhará de perto o desenvolvimento da situação”, acrescentou.

Em novembro, Joe Biden assinou uma legislação que impede as empresas consideradas como uma ameaça à segurança recebam novas licenças de equipamentos de telecomunicações.


Em relação à lei de equipamentos seguros, a FCC não deve rever os pedidos de empresas consideradas uma ameaça.

O que significa que equipamentos da Huawei, ZTE e três outras empresas chinesas não podem ser usados nas redes de telecomunicações nos Estados Unidos.

Em novembro, o executivo de Biden adicionou mais de uma dúzia de empresas chinesas à lista de comércio restrito, alegando preocupações de segurança nacional e política externa.

Washington considera que algumas dessas empresas estão a ajudar a desenvolver o programa de computação quântica dos militares chineses.

Em outubro, quando a China Telecom viu revogada a sua licença, as autoridades norte-americanas também usaram argumentos de preocupações com a segurança nacional.


Para Washington o controlo do Governo chinês sobre a empresa deu oportunidade de “ter acesso, armazenar, interromper e/ou desviar as comunicações dos EUA”.
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