A China Unicom é a mais recente gigante chinesa de telecomunicações a ser banida dos Estados Unidos devido a preocupações "significativas" de segurança nacional e espionagem. O anúncio surge depois da sua maior rival a China Telecom ter sido banida em outubro.
“Há evidências crescentes – e com elas, uma preocupação crescente – de que as operadoras estatais chinesas representam uma ameaça real à segurança das nossas redes de telecomunicações”, afirmou a presidente da FCC, Jessica Rosenworcel.
As empresas chinesas de tecnologias e comunicações têm sido alvo nos últimos anos das autoridades norte-americanas por questões de segurança nacional.
Em declarações à BBC, a China Unicom afirmou que a sua unidade norte-americana “tem um bom histórico de conformidade com as leis e regulamentações relevantes nos EUA e fornecimento de serviços e telecomunicações como um parceiro confiável dos seus clientes nas últimas duas décadas”.
“A China Unicom (Hong Kong) Limited acompanhará de perto o desenvolvimento da situação”, acrescentou.
Em novembro, Joe Biden assinou uma legislação que impede as empresas consideradas como uma ameaça à segurança recebam novas licenças de equipamentos de telecomunicações.
Em relação à lei de equipamentos seguros, a FCC não deve rever os pedidos de empresas consideradas uma ameaça.
O que significa que equipamentos da Huawei, ZTE e três outras empresas chinesas não podem ser usados nas redes de telecomunicações nos Estados Unidos.
Em novembro, o executivo de Biden adicionou mais de uma dúzia de empresas chinesas à lista de comércio restrito, alegando preocupações de segurança nacional e política externa.
Washington considera que algumas dessas empresas estão a ajudar a desenvolver o programa de computação quântica dos militares chineses.
Em outubro, quando a China Telecom viu revogada a sua licença, as autoridades norte-americanas também usaram argumentos de preocupações com a segurança nacional.
Para Washington o controlo do Governo chinês sobre a empresa deu oportunidade de “ter acesso, armazenar, interromper e/ou desviar as comunicações dos EUA”.