Presidente do Novo Banco destaca "maratona de recuperação" em curso

por Lusa

Lisboa, 22 mai (Lusa) - O , António Ramalho, realçou hoje a melhoria dos resultados da entidade no primeiro trimestre, com o prejuízo a baixar quase para metade em termos homólogos, considerando que demonstra o esforço de recuperação da entidade financeira.

"É uma descida do prejuízo de mais de 47%, isto é, quase para metade, e esta melhoria faz parte da maratona de recuperação que estamos a realizar", assinalou à Lusa o gestor, no dia em que o Novo Banco revelou que teve um resultado líquido negativo de 131 milhões de euros entre janeiro e março, contra o prejuízo de 249 milhões de euros em igual período de 2016.

António Ramalho apontou também para a "normalização" da atividade do Novo Banco ao nível dos depósitos e do crédito, bem como para a redução "de dois dígitos" dos custos operacionais no primeiro trimestre.

Os custos operacionais baixaram 12,9% entre março de 2016 e março de 2017 para 135,2 milhões de euros, confirmando a tendência de redução que se vem verificando desde a criação do Novo Banco.

Questionado sobre a significativa redução das provisões, que foram de 137,4 milhões de euros nos primeiros meses do ano, menos 60,5% do que em igual período do ano passado, António Ramalho mostrou-se satisfeito com esta evolução.

"É normal que os níveis de imparidade se vão reduzindo", considerou, antecipando uma manutenção desta tendência nos próximos trimestres.

O líder do banco de transição resultante da intervenção das autoridades no antigo Banco Espírito Santo (BES), no verão de 2014, realçou ainda os resultados positivos obtidos na atividade `core` do banco, sublinhando que estes estão a crescer continuamente desde a passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2016.

Sobre a sua expectativa acerca dos resultados para o exercício deste ano, António Ramalho vincou que "as contas de 2017 ainda vão ser marcadas pela venda do banco", que está em curso depois de ter sido alcançado um acordo com a norte-americana Lone Star.

"É o ano de transição. A normalização da atividade é importante para assegurar a transição acionista", afirmou o responsável, sem querer comentar o processo de venda existente.

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