Processo das rendas excessivas. EDP confirma que já foi notificada e vai ser constituída arguida

por RTP
Eloy Alonso - Reuters

A EDP já foi notificada e vai ser constituída arguida no processo das rendas excessivas. O Ministério Público acredita que há suspeitas de corrupção na contratação do pai do ex-secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, como pagamento de favores.

A RTP teve acesso ao processo onde o Ministério Público pede que o antigo secretário de estado Artur Trindade seja também ouvido na condição de arguido.

Continua desta forma a desenrolar o caso das rendas excessivas, isto depois de António Mexia e João Manso Neto terem há dias sido afastados da direção da EDP e EDP Renováveis
Mexia e Manso Neto foram afastados dos cargos, proibidos de entrar nos edifícios e obrigados ao pagamento de uma caução de um milhão de euros como medida de coação decidida pelo juiz Carlos Alexandre. 

As suspeitas são de corrupção ativa e participação económica em negócio. 

A defesa de ambos considerou a decisão ilegal. Recorreu, por isso, para o Tribunal da Relação onde reafirma pedido de afastamento do juiz Carlos Alexandre por considera que não é imparcial nas decisões que toma neste processo. 

A própria EDP, sendo uma empresa privada, contestou uma decisão que considera ser da responsabilidade dos acionistas e negou qualquer irregularidade num processo que está em investigação há já oito anos.

Este processo, que investiga suspeitas de corrupção ativa e participação económica em negócio, relacionado com os procedimentos sobre a introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), entre outros factos apontados pelo Ministério Público, são arguidos Mexia e Manso Neto, Manuel Pinho, Ricardo Salgado e João Conceição e Rui Cartaxo, entre outros.

Em causa estão alegados benefícios para a EDP de 1,2 mil milhões de euros.

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