O Partido Social Democrata anunciou que está a preparar "um documento alternativo ao do Governo", para a gestão das verbas a fundo perdido atribuídas por Bruxelas a Portugal para fazer, parcialmente. face à crise provocada pela pandemia de Covid-19.
O partido tem já ideias claras quanto às prioridades a atribuir à gestão deste "montante excepcional" que vem da Europa.
"Tem de, acima de tudo, dar respostas a longo prazo", um programa "desenhado tendo em vista o futuro", disse Rui Rio, cuja "pedra de toque" será a "competitividade da Economia", sobretudo as empresas ligadas "à exportação e ao investimento".
"Por isso, o grosso do objetivo tem de ser virado para as empresas, porque são as empresas que geram a produção, as empresas que pagam os salários". Isto, sem esquecer a componente pública, "complementar", frisou o líder do PSD.
Rui Rio admitiu que, entre o Plano do Governo e o documento que irá apresentar irá haver "coincidência", até por obrigação de cumprir "diretivas de Bruxelas".
Os social-democratas vão agora analisar as propostas do Plano de Recuperação e resiliência para o setor empresarial, uma vez que estas não estão "metidas numa gaveta empresas", mas está "disersa".
O PSD não viu contudo que tenha sido dada a prioridade que defende para as empresas.
O que interessa é conseguir uma "classe média mais robusta". "Quanto mais forte e maior é a classe média, mais desenvolvido é um país", sublinhou Rui Rio.